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Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 15:06
Por: Carlos Martins

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O impacto que o Brasil causa lá fora, mais precisamente diante de nossos irmãos sul-americanos, é diretamente proporcional ao tamanho continental de nosso território. Nós, brasileiros, carregamos a mística da camisa amarela que elevou Pelé às alturas de Deus do futebol e que tem hoje o camisa 9, Ronaldo, como seu mais lidimo representante. E por isso, e por outras coisas, somos admirados. Envolvidos em nossas mazelas, nos problemas sociais que temos e que afetam a vida de muita gente, esquecemos que somos um gigante à espera de mudanças radicais que, por exemplo, acabem com o emaranhado de tributos que penalizam as empresas e tolhem o crescimento. Acredito que foi necessário para muita gente constatar pessoalmente tudo isso, durante os 11 dias que durou a Expedição Internacional – Estradeiro 4, que passou pela Bolívia, Peru e Chile.

Quem participou da comitiva, liderada pelo governador Blairo Maggi e que foi integrada por secretários, deputados, diplomatas, empresários e jornalistas, teve uma rara oportunidade de observar como vivem nossos irmãos. A vida é dura, principalmente na Bolívia. No Peru, proporcionalmente ao PIB, que, comparado ao da Bolívia (US$ 7,7 bilhões em 2003), é duas vezes maior, observou-se que as condições de vida são melhores. Nesse País, também a comitiva de 120 pessoas foi saudada e recebida com alegria nas regiões de Puno, Arequipa, Matarani, Ilo e Tacna. Já no Chile, País mais abastado (com PIB quatro vezes maior que o do Peru) e onde uma Coca-Cola custa mais de dois dólares, houve também manifestações de apreço e boas-vindas em Arica e Iquique. Situação que se repetiu no retorno por Oruro (na Bolívia, antes de Cochabamba), na volta do Chile pela Bolívia. Quem ainda não conhecia, viu também como são ricas as culturas, as tradições, ao lado das diversidades geográficas.

"Eles querem muito bem o Brasil, que é um símbolo importante da América do Sul. Pelo futebol, alegria do brasileiro e pela ajuda. O Brasil financia obras extremamente necessárias para nossos povos", disse o embaixador do Peru no Brasil, Herman Couturier, que integrou a comitiva a partir de Cuiabá, desde 12 de fevereiro, início da expedição.

Entre estas obras a que se referiu o embaixador, está a construção da Rodovia Transoceânica, orçada em US$ 700 milhões e que deve começar em abril. A rodovia ligará Rio Branco (Acre) à Região Sul do Peru. Dos US$ 700 milhões necessários para a obra, o presidente Luís Inácio Lula da Silva já garantiu, em acordo assinado com o presidente peruano Alejandro Toledo, um financiamento de cerca de US$ 400 milhões.

Grande produtor de minérios, o Peru também é forte na agricultura na região de Arequipa, que tem como presidente regional Daniel Vera Ballón, que, ao se despedir do governador Blairo Maggi na rodovia, próximo à região de Moquegua, ganhou de presente a camisa 9, de Ronaldo.





Fonte: Secom - MT

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