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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 25 de Fevereiro de 2005 às 07:38
Por: Debóra Siqueira

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A Central de Recebimento de Embalagens de Agrotóxicos de Diamantino comemora neste sábado 26, um ano de atividades e quem lucra é o meio ambiente. Neste período cerca de 200 mil embalagens deixaram de ser lançadas na natureza. Pela falta de uma Central de Recebimento, era hábito de muitos agricultores enterrar as embalagens dos produtos químicos na própria fazenda ou queimá-las, lançando gases venenosos na atmosfera, e com isso, sujeitavam ao risco de serem presos e cumprir pena de reclusão de até dois anos, além de multa. Esse comportamento era mais prático do que deslocar para municípios mais próximos onde havia Centrais de Recebimento.

A Lei 9.974 de junho de 2000 prevê as responsabilidades do usuário, revendedores e fabricantes de agrotóxicos. Aos agricultores cabe efetuar a tríplice lavagem nas embalagens que contiverem formulações miscíveis em água, e devolvê-las nos locais licenciados indicados na nota fiscal, no prazo de até um ano após a compra. Quanto à revenda e os fabricantes, são obrigados a estarem estruturados adequadamente para as operações de recebimento, recolhimento e destinação final de embalagens vazias.

As oito lojas de revenda em Diamantino fundaram a Associação dos Representantes de Produtos Fitossanitários de Diamantino (ARPFID), a entidade é quem administra a Central de Diamantino. “As despesas com a manutenção são divididas entre a associação e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev)”, explica a agrônoma e gerente da Central de Diamantino, Gilmara Lanzoni.

Modelo

Em Mato Grosso há 12 Centrais de Recebimento, a de Diamantino é considerada modelo em estrutura e logística. Ela foi construída numa área de 1,28 hectares, doada pela Prefeitura Municipal, e a separação das embalagens é realizada dentro do veículo do agricultor.

As embalagens não-laváveis e naquelas onde não foram efetuadas a tríplice lavagem, são enviadas para incineração em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. As tampas e as embalagens de agrotóxicos laváveis são transportadas para uma empresa em Cuiabá e o material é reciclado e transformado em 15 tipos de artefatos, entre eles, eletrotubos, conduítes e cordas de náilon.

Em 2004, 14.825 toneladas foram devolvidas no Brasil. Nos últimos 12 meses, os agricultores devolveram 15.291 toneladas. Em janeiro, os produtores de Mato Grosso levaram para as centrais em todo Estado 196,7 toneladas, apontando um crescimento de 147,5% em relação a 2003.

De acordo com Gilmara Lanzoni, os produtores estão mais conscientes sobre o seu dever e a constante fiscalização do Indea colaborou com o aumento da devolução das embalagens.




Fonte: RepórterNews

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