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Economia
Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 10:25

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Crise. Essa é a palavra que permeia o discurso do setor produtivo nesta safra. De acordo com presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, os números divulgados pelo IBGE já eram esperados pelo setor e refletem o cenário desfavorável enfrentado neste período. Contudo, Pereira não descarta a possibilidade do Estado registrar uma queda geral na área plantada para próxima safra.

As dificuldades se baseiam no aumento dos custos de produção, como insumos e defensivos agrícolas, e os baixos preços das principais commodities agrícolas cultivadas no Estado -soja e, algodão, além do milho e arroz.

Somente em relação à soja, os custos de produção já acumularam um acréscimo de 90% nos últimos quatro anos. Diante do panorama que emperra a produção agrícola, estima-se que o setor amargue um prejuízo de US$ 574,325 milhões na safra 2004/2005.

Para o presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Rogério Salles, o crescimento de 12% na área plantada da oleaginosa está aquém do potencial produtivo. Em sua avaliação isso revela o receio do setor em ampliar os investimentos.

Para o algodão, a mesma cautela assola os produtores, que reduziram em 20% a área plantada nesta safra. Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), João Luiz Pessa, com os preços praticados no mercado, os cotonicultores registram um déficit de US$ 200 por hectare.

Embora ao arroz a expectativa de produção seja a maior dos últimos cinco anos, o presidente da Associação de Produtores de Arroz (APA), Ângelo Maronezzi, alerta que a comercialização, também abaixo dos custos de produção, deverá encarecer o produto ao consumidor nos próximos meses.(JS)




Fonte: A Gazeta

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