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Economia
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 13:40

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A taxa básica de juros (Selic), que hoje é de 18,75% ao ano, encerrará 2005 em torno de 17%, conforme previsão do mercado financeiro, expressa no Boletim Focus que o Banco Central distribuiu hoje.

À primeira vista parece uma projeção otimista, comparada à Selic atual, mas está acima da estimativa de 16,78% manifestada na semana passada pela pesquisa que o BC realiza todas as semanas com uma centena de instituições financeiras e os principais analistas de mercado do país.

O aumento decorre da expectativa generalizada do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará ainda mais a taxa básica de juros em março e abril, uma vez que a ata da reunião do colegiado do BC, em janeiro, alertava para a necessidade de "ajuste prolongado" dos juros para combater a resistência inflacionária.

Por isso, a maioria dos analistas financeiros acredita que a redução gradativa dos juros virá só na segunda metade do ano. Como resultado imediato, a dívida líquida da União também crescerá, de modo a que a projeção entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB), que era de 51,50%, na semana passada, aumentou agora para 51,60%.

Isso em um contexto no qual se mantém a estimativa de 3,70% para crescimento do PIB no ano, com redução da taxa de câmbio no final do período, de R$ 2,86 para R$ 2,83 nas duas últimas pesquisas para o Boletim Focus.

Houve uma alteração, para menor, da expectativa de crescimento da produção industrial, que caiu de 4,64% para 4,59%. Como o "crescimento contido" parece ser uma tendência de longo prazo, a pesquisa reduziu de 4% para 3,70% a perspectiva de evolução do PIB em 2006.

O Boletim Focus manteve os prognósticos para os demais segmentos de mercado, a começar pelos investimentos estrangeiros diretos, que devem ser mesmo de US$ 14 bilhões; o superávit da balança comercial contabilizará os mesmos US$ 26,50 bilhões da semana anterior; e o saldo de conta corrente externa será de US$ 3 bilhões.

As novidades, no caso, ficam por conta do aumento das projeções do superávit comercial em 2006, de US$ 24,18 bilhões para US$ 25 bilhões, e do saldo de conta corrente, antes com previsão zero, e agora estimado em US$ 900 milhões.





Fonte: 24Horas News

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