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Economia
Sexta - 07 de Janeiro de 2005 às 14:43
Por: Joana Dantas

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Dos 65,3 milhões que o governo federal direcionou ao combate à febre aftosa em 2005, Mato Grosso vai reivindicar R$ 10 milhões para fazer frente às ações de defesa agropecuária no Estado.

No ano passado, o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) recebeu apenas R$ 1,73 milhão dos R$ 30,5 milhões da verba federal destinada a essa finalidade.

O rebanho estadual é o maior do país, com 25 milhões de cabeça.

"As tarefas não foram prejudicadas porque o governo estadual investiu R$ 32 milhões de recursos próprios", afirmou por telefone o presidente do Indea, Décio Coutinho, que ontem estava em Brasília para participar da posse dos novos secretários de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves Maciel, e de Apoio Rural e Cooperativismo, Márcio Portocarrero.

Eles substituem, respectivamente, Maçao Tadano e Manoel Valdemiro Rocha.

Segundo ele, esses recursos são necessários para que Mato Grosso mantenha a condição privilegiada de mínimo risco de ocorrência da doença no seu território.

Décio Coutinho informa que no mapeamento da aftosa elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas Santa Catarina tem melhor posição que Mato Grosso. Naquele Estado a erradicação é total e o controle não necessita de vacinação.

Risco

Também ostenta posição de risco mínimo de aftosa o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

O volume de recursos para o combate à doença ainda não foi distribuído. Segundo Coutinho, somente após a posse dos secretários é que serão definidos os repasses.

O total da verba federal ao combate à febre aftosa para este ano é 114% superior ao do ano passado, R$ 30,5 milhões.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definiu como prioridade a erradicação da febre aftosa do território nacional em 2005. Por isso aumentou a verba para custear e investir em ações de combate à doença nas 27 unidades da Federação.

Além disso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do governo federal terá um orçamento de R$ 161 milhões para todas as suas ações em 2005 - um acréscimo de 44% sobre 2004.

No ano passado, os recursos chegaram a R$ 112 milhões, entre orçamento e verbas extraordinárias. O Ministério da Agricultura terá um orçamento global de R$ 845 milhões em 2005.

A preocupação do governo federal é com os prejuízos para a pecuária que ocorreram no ano passado em função da notificação de focos de febre aftosa no Norte brasileiro.

Os focos da doença foram identificados no Amazonas e no Pará, os quais provocaram o embargo da Rússia e da Argentina. Ambos países ainda mantêm a decisão contra a carne mato-grossense.




Fonte: Folha do Estado

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