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Internacional
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 23:30

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A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) acusou nesta terça-feira a agência francesa AFP de atuar "com má fé, ambição e arrogância sem limites" no fechamento de seu escritório em Caracas e na demissão dos funcionários quando ainda transcorriam as negociações para que fosse feito um novo contrato de trabalho. "A agência conseguiu avançar nas negociações com os trabalhadores mas, no final, se recusou assinar os contratos", afirmou em comunicado o secretário-geral da IFJ, Aidan White, acrescentando que o fechamento do escritório é absurdo.

Segundo o comunicado da IFJ, oito jornalistas perderam seus empregos devido à decisão da direção da agência em Paris. A AFP é a terceira maior agência da região.

O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, da Venezuela, membro da IFJ, afirma que a atitude da agência vai contra a constituição do país e que a agência tinha 30 clientes, que geraram cerca de 400.000 dólares de receita para a AFP em 2004.

A IFJ assegura que, desde março, o sindicato briga para conseguir que a AFP reconheça a correção dos salários pela inflação.

O sindicato denuncia também que o acordo coletivo não é renovado há dez anos e, nesse tempo, a cláusula que garante a correção foi ignorada.

Apesar das demissões, a agência afirmou que manterá a cobertura na Venezuela através da rotação de correspondentes estrangeiros que trabalham na América Latina. "A atuação da AFP demonstra má fé, ambição e arrogância", disse White.

A assessoria da AFP foi procurada sem sucesso.




Fonte: Agência EFE

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