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Nacional
Segunda - 13 de Dezembro de 2004 às 12:14
Por: Paulo Maciel

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São Paulo - "Eu não fico triste quando lembram meu nome", afirmou o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, durante entrevista ao programa Show Business, da "Rede TV", sobre a possibilidade de vir a se candidatar à Presidência da República pelo PMDB em 2006. "É o reconhecimento ao trabalho que nós fizemos, não agora como governador, mas no Congresso Nacional, como líder da minha bancada, como líder do governo Fernando Henrique", acrescentou.

Mas diz que não aceita insinuações de que já estaria trabalhando para ser candidato do partido à Presidência, ou mesmo para se reeleger governador gaúcho.Rigotto defende que o PMDB deve garantir governabilidade ao presidente Lula, porém sem cargos para evitar o rótulo de partido ligado à fisiologia e ao clientelismo. "Eu não estou preocupado em quem será ou não candidato à Presidência", garantiu. "O normal é que o PMDB tenha candidato, o anormal é que não tenha. Mas, para chegar em 2006 nós temos que vencer etapas, que se não forem vencidas nem adianta falar em candidatura própria."

Rigotto confidenciou que teve uma conversa com Lula antes de ele assumir a Presidência, prevenindo-o sobre os malefícios de se obter apoio em troca de cargos. Na época, o governador afirmou que essa situação poderia prejudicar o governo e o próprio PMDB. O governador gaúcho diz que continua com a mesma opinião, mas que essa posição não teria nada a ver com disputas regionais com o PT no Rio Grande do Sul. "Eu ajudei o presidente Lula, vou continuar ajudando, mas não preciso de cargos, de funções e de favores para ajudá-lo."

O governador do Rio Grande do Sul disse também que o PMDB adotará, daqui para frente, a linha de "oposição construtiva", garantindo a governabilidade e votando os bons projetos do Planalto, como exemplo os das Parcerias Público-Privadas, da Lei de Biodiversidade, da Lei das Falências, e as reformas tributária e política. "A obrigação do PMDB é votar a favor desses projetos, sempre procurando aperfeiçoá-los", ressalvou Germano Rigotto. "Agora, precisa de cargos, precisa de funções, precisa ficar cada vez com esse carimbo (fisiologismo) mais colado no partido?", indagou o governador. E enfatizou sem aguardar a resposta do interlocutor: "Acredito que não."




Fonte: Agência Estado

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