Credores não conseguem receber de Sérgio Ricardo

Alguns prestadores de serviços da campanha a prefeito do deputado Estadual Sérgio Ricardo (PPS) continuam sem receber. No dia 1º deste mês os trabalhadores já haviam se manifestado e a única coisa que receberam foi a informação do presidente do partido em Cuiabá, Cláudio Pires, que todos seriam pagos ontem, dia 10. Desta vez o líder partidário preferiu não se manifestar para a imprensa. Apesar dos fatos, na prestação de contas de Sérgio Ricardo, entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), não constam dívidas, pelo contrário, sobraram R$ 197,87.

Pedro Marques, que trabalhou na campanha alugando seu carro de som, afirmou à reportagem que a última quinzena de seu trabalho ainda não foi paga. “E tem muita gente que ainda está para receber duas quinzenas”, disse. Ele ainda acusou a coordenação da campanha de Sérgio Ricardo de estar devendo aluguéis do prédio onde funcionou o Comitê Pró-Sérgio. “O maior absurdo é que, além de dever a gente, ele ainda apresenta no TRE a prestação de contas dizendo que sobrou dinheiro”, criticou.

Outro que está sem receber é Roberto Moutinho, que forneceu lanches na campanha. Segundo ele, R$ 12.559 lhe são devidos. “E se somar todos os valores, que os outros colegas também têm para receber, deve chegar em cerca de R$ 100 mil”, disse. Ele informou que 12 seguranças, os responsáveis por 16 carros de som, 10 kombis, dois ônibus, uma pessoa que fazia café e duas encarregadas pela limpeza ainda não receberam a última quinzena de seu trabalho ou o valor do aluguel pelo período.

Os prestadores de serviço ainda prometeram fazer uma “visita” ao gabinete do deputado Sérgio Ricardo na próxima segunda-feira para cobrar os valores que lhes são devidos. Em matéria publicada por esta Folha no último dia dois, Cláudio Pires havia garantido que os débitos seriam quitados ontem, dia 10. Sobre a prestação de contas ter ficado no “azul” e sobre o novo atraso do pagamento o presidente municipal do PPS desta vez preferiu não ser manifestar. “Não vou fazer nenhum comentário a respeito deste assunto”, afirmou à reportagem por telefone.