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Meio Ambiente
Sábado - 11 de Dezembro de 2004 às 08:10
Por: Elizabeth Blunt

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O Brasil e a China apresentaram detalhes de suas emissões de gases que causam o efeito estufa na conferência internacional sobre mudanças climáticas.

Os dois países explicaram como planejam contribuir para a luta contra o aquecimento global.

A apresentação gerou bastante interesse, em meio às discussões sobre se deve-se esperar que os países que vem se desenvolvendo rapidamente também reduzam suas emissões.

Os gases de efeito estufa não saem apenas das chaminés de indústrias ou dos escapamento dos carros, dizem os relatórios.

No Brasil, cerca de 75% do dióxido de carbono é produzido através da destruição da floresta amazônica, com a substância sendo liberada por árvores que queimam ou apodrecem.

A apresentação chinesa revelou um cenário mais convencional, com a indústria de energia sendo disparadamente a maior contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa.

Mas o documento também incluiu uma referência discreta ao que chamou de "fermentação intestinal animal" - um lembrete de que alguns gases estufa, como o metano, são produzidos por porcos e vacas e que esta emissão da agricultura pode ser significante em países em desenvolvimento.

Conquistas

Mas apesar de serem dois países muito diferentes, o Brasil e a China são participantes entusiasmados do movimento para interromper as mudanças climáticas e ambos podem se gabar de conquistas reais.

O Brasil foi o pioneiro no uso de etanol feito de fontes renováveis como cana-de-açucar, para substituir a gasolina e o diesel.

A China acabou com algumas de suas refinarias de carvão e está conseguindo crescer economicamente com emissões relativamente modestas de gases estufa.

No momento, nenhum dos dois países tem a obrigação de reduzir suas emissões.

O Protocolo de Kyoto impõe cortes apenas nos países desenvolvidos que causaram o problema.

Mas alguns representantes estão começando a se perguntar o que acontecerá depois da primeira fase de cortes determinada por Kyoto.

Alguns sugerem que o Brasil e a China poderão ter a chance de ganhar algum tipo de benefício em troca de cortes voluntários, talvez a possibilidade de vender seus créditos de redução de carbono no mercado internacional.




Fonte: BBC Brasil

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