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Cidades/Geral
Domingo - 05 de Dezembro de 2004 às 06:56
Por: Juliana Cesár

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O número de adolescentes que chegam ao final da gestação e dão à luz a um bebê vivo é cada vez maior entre a população negra, que representa 17,1% da taxa de fecundidade, contra 15,6% das brancas, segundo pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em 1991, a participação das adolescentes brancas e negras na taxa geral de fecundidade era praticamente a mesma, mas a situação mudou a partir de 2000. Agora, a expectativa dos técnicos que realizaram a pesquisa é que essa diferença continue a aumentar, concentrando a gravidez precoce na população negra.

Em relação à saúde reprodutiva no geral, a desigualdade não se restringe às adolescentes. A pesquisa mostra que a prevalência de laqueaduras é maior entre as negras. As mulheres brancas usam mais pílulas do que as pretas e pardas. Na hora do parto, a maior parte das grávidas negras dá à luz por parto normal – 68,6% do total. Já as mulheres brancas são maioria nas estatísticas – 47,5%.



Expectativa de vida

Os brasileiros brancos ainda vivem mais do que os negros. Esse é um dos muitos dados contidos no recém-lançado Atlas Racial Brasileiro. O documento foi apresentado na Câmara dos Deputados. O Atlas foi elaborado pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD) e pela UFMG, com base nos censos do IBGE de 1980, 1991 e 2000.

De acordo com o estudo, uma pessoa negra nascida em 2000 viverá 5,3 anos a menos que uma branca. Em 1950, esse mesmo índice era de 7,5 anos. A situação dos homens praticamente continua considerada grave. Em 2000, foi registrada uma expectativa de vida para essa população de 63,7 anos, menor do que a dos brancos em 1991, calculada em 64,36 anos.

Por outro lado, o Atlas mostra que a expectativa de vida feminina das mulheres negras está prestes a quebrar uma tendência histórica. Em 2000, enquanto as mulheres brancas tinham uma esperança de vida ao nascer de 73,8 anos, as mulheres negras esperavam viver, em média, 4,3 anos a menos.




Fonte: Agência Brasil

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