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Economia
Quarta - 01 de Dezembro de 2004 às 17:47

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A Petrobras deve concluir nos próximos seis meses o detalhamento do projeto para a construção de uma refinaria para processar combustíveis e insumos para a indústria petroquímica, a partir do petróleo pesado extraído do campo de Marlim, na Bacia de Campos, no norte fluminense.

A informação foi dada pelo diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa. Ele adiantou que a nova unidade exigirá investimentos da ordem de US$ 3 bilhões, terá capacidade de processar entre 150 mil e 200 mil barris de petróleo por dia, e poderá ser construída no Rio, Espírito Santo ou São Paulo, por causa da proximidade com o campo produtor.

"O local de instalação da nova unidade vai depender de uma série de fatores, mas principalmente dos incentivos fiscais a serem concedidos pelos governos e da questão ambiental. Os três estados têm chances, más é óbvio que o Rio tem bastante chance, em razão da maior proximidade. Tudo isso tem que ser discutido. Vai pesar a parte de meio ambiente, os impostos – a questão tributária. Esta decisão não está tomada ainda".

De acordo com Costa, esse projeto será tão importante para a área de refino no país, como foi o de exploração em águas profundas para a área de exploração e produção da companhia. "O investimento é elevado, mas a possibilidade de retorno é ótima. Embora ela também vá processar diesel e GLP, o objetivo principal da nova unidade será produzir propeno e eteno, insumos para a indústria petroquímica", afirmou.

Costa também admitiu que o acordo de intercâmbio de conhecimento tecnológico firmado recentemente com a empresa petrolífera estatal chinesa Sinopec poderá ajudar a Petrobras a vencer o desafio tecnológico para a construção de uma petroquímica de transformação de óleo pesado em insumos petroquímicos, uma vez que a China é um dos poucos países que utiliza esta tecnologia.

Como em todos os projetos em estudo na empresa, a Petrobras construirá a unidade de refino com a participação de sócios privados e terá menos de 50% de participação na iniciativa. "Mas teremos participação ativa na gestão do empreendimento, com assentos na diretoria e no Conselho de Administração da nova unidade", explicou o diretor.




Fonte: Agência Brasil

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