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Economia
Segunda - 29 de Novembro de 2004 às 11:03

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As empresas aéreas Varig e Vasp precisam quitar hoje parte de suas dívidas junto a Infraero. Na última sexta-feira, acabou o prazo de 48 horas dado pela estatal para que as duas empresas pagassem uma parcela do que devem pelo uso dos aeroportos. Caso elas não regularizem a situação, a Infraero pode cobrar o débito na Justiça.

De acordo com a Infraero, a Varig terá que depositar 20% de uma dívida de R$ 148,1 milhões e oferecer garantias para quitar o restante até 22 de dezembro. Da dívida total da Vasp de R$ 11,5 milhões em tarifas de embarque já descontadas dos passageiros e não recolhidas à estatal, a companhia terá que pagar R$ 1 milhão nessa segunda e o restante como já havia sido renegociado anteriormente: R$ 3 milhões na próxima terça-feira e outros R$ 7,8 milhões no dia 22 de dezembro, informa O Globo.

No final da semana passada, segundo a Reuters Investor, o juiz auxiliar da 42ª Vara Civil de São Paulo, Alfredo Attié Jr., decidiu que a Vasp, quarta maior companhia aérea do país, teria 24 horas para pagar uma dívida atrasada e evitar a sua falência. O prazo começaria a correr assim que a empresa fosse notificada.

O Condomínio Hotel Le Canard Guarulhos entrou na última quinta-feira com pedido de falência contra a Vasp, por causa do não pagamento de um débito de R$ 24.058,36. A companhia aérea, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que resolveria a questão "pelos meios jurídicos" quando fosse citada.

Este não é o primeiro pedido de falência que a Vasp enfrenta. Em outubro, uma unidade de manutenção da General Electric também pediu a falência da empresa, por causa de uma dívida de cerca de R$ 9 milhões. A Vasp fez o pagamento em juízo e contesta o valor na Justiça.

Por conta do novo pedido de falência, as negociações com as ações da Vasp foram suspensas pela Bolsa de Valores de São Paulo.

Esta semana, a Vasp deve anunciar a licença não remunerada para 400 pilotos e comissários de bordo, provavelmente a partir de quarta-feira. Os trabalhadores terão que esperar em casa o desfecho da crise da companhia, que está voando para apenas 13 cidades brasileiras e mesmo assim quando o avião tem mais de 50 passageiros, coloca O Globo. Da frota de 13 aviões em condições de vôo, apenas sete estão operando.




Fonte: INVERTIA

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