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Economia
Quarta - 24 de Novembro de 2004 às 11:43
Por: Valéria Cristina da Silva

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A Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) deve nascer com aproximadamente R$ 2,4 bilhões em caixa. Os recursos são os R$ 1,4 bilhão anuais, do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) e R$ 1 bilhão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), liberados pelo governo federal depois de muita insistência do Ministério da Integração Nacional.

Este seria o ponto de partida, segundo o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Athos Magno Costa e Silva. Ele está cumprindo uma agenda de visitas e reuniões desde ontem pela manhã em Cuiabá, discutindo a criação da nova Sudeco, de um fórum empresarial do Centro-Oeste e colocando os serviços da Secretaria à disposição do Estado.

Ontem, Magno se reuniu com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, concedeu coletiva à imprensa e ainda se reuniu, no período da tarde, com o superintendente do Banco do Brasil, Dan Conrado; e o superintendente do Sebrae/MT, José Guilherme. Hoje, o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste tem audiência com o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva e com o governador Blairo Maggi. Amanhã, último dia da visita a Cuiabá, Magno se reúne com Fecomércio e Fiemt.

Conforme o secretário, a previsão é que a nova Sudeco seja aprovada pelo Congresso Nacional até o primeiro semestre de 2005. Mas Athos ressalta que após a criação, ela ainda levará um tempo para se organizar administrativamente antes de começar a funcionar efetivamente.

Criada pelo governo militar em 1967, a Sudeco surgiu com a função de levar o desenvolvimento para o Centro-Oeste, o que na época significava basicamente incentivar a produção de grãos. "A situação agora é diferente, a Sudeco precisa também agregar valor à produção de grãos e enfrentar problemas graves como o da infra-estrutura", frisa Magno.

Como a preocupação sempre são os recursos, o secretário destaca que além do FCO, a Sudeco poderá contar com outras fontes, mas não adiantou quais. Uma delas, acabou sendo "desviada". Era o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, uma proposta da Presidência da República, na Reforma Tributária, que destinava 2% do IPI e do Imposto de Renda para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (que ficaria com cerca de R$ 900 milhões/ano).

"Só que na hora das negociações, o ministro Antonio Palocci foi obrigado a ceder os 2% aos governadores. E é diferente um recurso em uma Superintendência do que nas mãos de governadores. Não que eles vão aplicar mal. Mas vão atender situações imediatas, deixando de pensar no coletivo", explica Magno. O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, ainda trabalha para reverter a situação.

No entanto, o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste destaca que se a Sudeco tiver força política, os recursos virão como consequência.




Fonte: A Gazeta

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