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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 09 de Novembro de 2004 às 14:43

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O comércio exterior brasileiro deve fechar o ano com exportações em torno de US$ 95 bilhões e importações de US$ 62 bilhões, o que resultará em superávit de US$ 33 bilhões. A estimativa é da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), com base nos números da balança comercial de outubro, que apontam exportações de US$ 8,8 bilhões, 16,9% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

A informação é do economista-chefe da entidade, Fernando Ribeiro. Segundo ele, a projeção é baseada no desempenho positivo registrado pelo setor até agora, com tendência de manutenção até o final do ano.

De acordo com o Boletim de Comércio Exterior nº 10, divulgado hoje pela Funcex, as exportações brasileiras apresentaram em outubro média diária de US$ 442,2 milhões, a segunda maior do ano, representando incremento de 34,4% em comparação à média de outubro de 2003.

"É bem provável que o ritmo de crescimento das exportações esteja alcançando agora seu ponto mais elevado, com a taxa acumulada em 12 meses na casa de 30% ao ano - a maior dos últimos 16 anos", revela o documento. As importações também atingiram o recorde mensal histórico em outubro, com US$ 5,8 bilhões, o que representou crescimento de 16,1% em relação a igual mês do ano passado.

Ribeiro observou, no entanto, que o desempenho expressivo, sobretudo das exportações, não deve se manter em 2005 com o mesmo vigor, principalmente porque os preços não devem ajudar tanto como ajudaram este ano. Além disso, a própria demanda mundial deve crescer mais devagar, avaliou. A previsão é de aumento dos embarques externos em torno de 15% no próximo exercício.

Ao contrário de alguns especialistas que defendem que o Brasil deve concentrar as exportações em produtos de maior valor agregado, o economista-chefe da Funcex disse que o país deve exportar de tudo. Ele esclareceu que isso depende das condições da demanda. Há algum tempo, o Brasil estava conseguindo aumentar a participação desse tipo de bens na pauta. Recentemente, a participação das commodities subiu devido à elevação dos preços e das quantidades.

Para Ribeiro, daqui para a frente a participação dos manufaturados e dos bens de maior valor agregado na pauta de exportações do país deve voltar a crescer, embora tenha destacado que esse é um processo lento, que se dá ao longo do tempo.




Fonte: Agência Brasil

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