Dirceu e Alckmin avaliam debate em São Paulo

Enquanto petistas apostam na virada de Marta Suplicy (PT), tucanos defendem que o debate da TV Globo na noite desta sexta consolidou o resultado das pesquisas de intenção de voto. Ao final do debate, o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, defendeu que a eleição está indefinida. Em contra partida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse não ver razão para uma mudança no quadro eleitoral paulistano, em que José Serra (PSDB) aparece com vantagem.

Dirceu ironizou os tucanos, dizendo que o PSDB está desanimado com a redução da vantagem de Serra sobre Marta. "Era só olhar para o semblante dos tucanos. Eles estavam murchos, com o bico caído", afirmou Dirceu. Alckmin rebateu dizendo que os tucanos têm humildade e estão na linha "paz e amor". "Nós somos da linha paz e amor, zen, sem aceitar provocação". Para reforçar o otimismo, ele acrescentou que vê à frente um "céu de brigadeiro".

Dirceu saiu em defesa do governo Lula, enquanto Alckmin refutou críticas de Marta Suplicy. Para o ministro da Casa Civil, Serra não tem autoridade para criticar a política econômica do presidente Lula. "A política econômica (de Lula) devolveu o crescimento ao Brasil, e falar que não viu o aumento do emprego é porque Serra deve estar vivendo fora do Brasil", provocou o ministro. Já Alckmin argumentou que a prefeita "talvez pela tensão" tenha trocado números ao fazer críticas à atuação do Estado na área da habitação na capital paulista. Segundo o governador, o governo estadual investiu R$ 500 milhões nessa área em São Paulo. No debate, a petista comparou o desempenho da prefeitura e do Estado na construção de moradias.