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Polícia Brasil
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 11:10

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O Ministério Público de Sinop ajuizou duas ações na Justiça Eleitoral contra o prefeito eleito em Santa Carmem, Rudimar Nunes Camasola e mais 4 pessoas, entre eles o vereador eleito, Carlos Eduardo Ribeiro, conhecido como Sapão. O promotor Marcos Bulhões destaca que ficou caracterizado abuso de poder econômico. "O que caracteriza abuso de poder econômico não é apenas a vultuosa contratação de eleitores, ja comprovada pela citada lista apreendida, mas sim a constatação de que aquele documento corresponde apenas a uma pequena parte dos eleitores que foram, potencialmente, influenciados pelo dinheiro do representado", afirma, na ação.

A lista a que ele se refere foi apreendida pela Polícia Militar, poucos dias após as eleições. O vereador estava com um caderno com o nome de várias pessoas e R$ 1,2 mil em dinheiro que seriam para pagamento de 34 pessoas. O Ministério Público requereu busca e apreensão na residência do representante do PSDB, João Elói Winter, atendendo a uma denúncia. O promotor foi informado de que estariam fazendo pagamento de eleitores no local. Foram apreendidos R$1,2 em dinheiro e uma lista de 121 pessoas que deveriam ser pagas.

Foram detidos João Elói, Altimir Menin (colaborador financeiro da campanha) e o vereador além de 34 pessoas que aguardavam pagamento. Estas pessoas foram ouvidas e alegaram que receberiam por terem prestado serviços como cabos eleitorais.

O promotor ressalta ainda que enquanto se apurava os fatos, o Ministério Público foi procurado por eleitores que se diziam vítimas de "captação de sufrágio" (tentativa ou compra de voto). Nove pessoas foram ouvidas pela promotoria.

Além da ação de representação eleitoral, o juiz eleitoral Clóvis de Mello vai julgar a ação de investigação judicial, onde foram citados: Rudimar Nunes Camasola e seu vice-prefeito, Paulo Hiroshi Yamak, Carlos Eduardo Ribeiro, João Elói Winter e Atimir Menin. O promotor pede que eles sejam notificados e se ficar caracterizado o crime eleitoral, eles deverão ser punidos dentro das sanções previstas que incluem inelegibilidade e cassação dos registros de candidaturas ou diplomação. O juiz Clovis de Mello informou ao Só Notícias que o procedimento agora será de aguardar a citação dos acusados, que terão 5 dias para se defender. "Provavelmente haverá uma audiência para oitiva de testemunha, cada um dos acusados pode arrolar 6 testemunhas, em seguida as partes fazem suas alegações finais e estarei dando o julgamento", explicou.

O juiz ressaltou que "se os candidatos acusados não fugirem da justiça e deixarem a citação correr normalmente, calculo que no máximo dentro de 15 dias estará julgada". O vereador e o prefeito correm o risco de ter os diplomas cassados.




Fonte: Só Notícias

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