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Politica Brasil
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 08:03
Por: Alecy Alves

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Os professores da rede estadual de ensino param hoje e fazem manifestações simultâneas a partir das 14 horas em diversos municípios. É que nesse horário em Cuiabá a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep) vai protocolar a pauta de reivindicações da campanha salarial 2004 no gabinete da secretária estadual de Educação, Ana Carla Muniz.

A categoria quer 18,33% de reposição, índice que corresponderia às perdas salariais acumuladas entre outubro de 2003 e setembro deste ano, e que esse mesmo percentual seja aplicado aos salários dos técnicos, administrativos e de manutenção das escolas.

Essa será a primeira de mobilização dos professores, cuja data base é 1º de outubro, para a campanha salarial de 2004. Mas nos próximos dias os professores, conforme a secretária-geral do Sintep, Marli Keller, esperam ser chamados à mesa de negociações pela secretária Ana Carla e a equipe econômica do governador Blairo Maggi.

Em 2003, a reposição pleiteada pelos professores foi de 19,54%, mas o índice repassado pelo governo ficou em 7,67%, além de 12% concedido a título de incentivo e aprimoramento da docência. A expectativa do presidente do Sintep, Júlio César Martins Viana, é que nas conversações com o governo do Estado saia um entendimento para evitar futuras paralisações da categoria.

Os resíduos inflacionários sobre as perdas geradas a partir de janeiro de 1990, calculadas em 75,39%, também devem entrar nas discussões deste ano. Para esse ano, a proposta é que a reposição seja feita até 31 de dezembro de 2006, acompanhando o crescimento da receita do Estado de Mato Grosso.

Mas os trabalhadores da Educação não querem somente melhorias salariais, reposição das perdas. Ontem, durante audiência pública sobre educação na Assembléia Legislativa, muitos professores levantaram a voz para reclamar das condições físicas das escolas.

“A rede física é deficiente - algumas precisam ser reconstruídas, outras estão com telhados e rede elétrica caindo aos pedaços”, disse Marli Keller, reproduzindo queixas de educadores. Marli observou que formação continuada para todos os trabalhadores também está na pauta de reivindicações.




Fonte: Diário de Cuiabá

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