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Politica Brasil
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 07:40

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O deputado federal Carlos Abicalil (PT) requis junto à Presidência da Câmara dos Deputados a instauração de um processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o deputado federal Wilson Santos (PSDB). O requerimento resultou da publicação do “Informativo da Militância Democrática Pró-Wilson”, em que são feitas críticas e sátiras ao governo do PT e aos correligionários. Outra representação contra os tucanos foi movida pela coligação “Amo Cuiabá”.

No informativo “Oposição e Verdade”, Carlos Abicalil aparece em reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, seu assessor à época, Waldomiro Diniz, e outros seis parlamentares. Segundo o deputado federal do PT, o candidato do PSDB “vem assacando ofensas e alegativas deletérias contra seu concorrente Alexandre Cesar e todos os seus colaboradores, inclusive vários deputados federais do Partido dos Trabalhadores”.

Abicalil é apontado como um dos correligionários que realizam o “serviço sujo” do partido. “O PT tenta preservar a imagem de seus candidatos, enquanto outros companheiros realizam o serviço sujo em nome do partido. (...) O outro lado do PT e do Governo Lula é representado pela foto ao lado. Nela, aparece o deputado Carlos Abicalil, um dos coordenadores da campanha petista em Cuiabá, participando de reunião com o funcionário corrupto Waldomiro Diniz”, dizem trechos do texto, intitulado “Os companheiros de Alexandre Cesar”.

Subsidiado no Código de Ética, artigo 3º, o deputado Carlos Abicalil ressalta no requerimento que constitui dever do parlamentar selar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições, o que não teria ocorrido no caso específico do deputado Wilson Santos. A quebra de decoro parlamentar pode resultar na perda de mandato na Câmara Federal.

Informado do requerimento interposto na Câmara, o coordenador de imprensa da campanha do deputado tucano, João Negrão, desprezou o posicionamento do petista. “Abicalil é quem tem que se explicar. Essas explicações precisam partir dele e do PT”, alfinetou Negrão. O jornalista defendeu que, em momento algum, o texto comprova que o nome de Abicalil foi ligado oficialmente no material distribuído. “Quero saber se a carapuça serviu pra ele”, disparou.

“Tanto que a carapuça não serviu, que nós tomamos as providências legais. Nós não consentimos com esse tipo de procedimento. Acho que a estratégia deles nem é a mais adequada”, rebateu. Conforme o deputado, a reunião que aparece na foto foi realizada no ano passado entre os vice-líderes do PT pata tratar de projetos e emendas. A representação criminal movida pela coligação “Amo Cuiabá” foi interposta na 39ª Zona Eleitoral e está sob a competência do juiz Antônio Horácio.




Fonte: Diário de Cuiabá

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