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Politica Brasil
Terça - 19 de Outubro de 2004 às 19:06

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A Região Norte de Mato Grosso, colonizada na década de 1.970, quando o Exército Brasileiro, rasgou a mata verde e construiu a Cuiabá/Santarém, milhares de famílias oriundas de várias partes do país foram assentadas nos municípios de Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá e Guarantã do Norte. Naquela época milhares de famílias de pequenos produtores rurais desbravaram a Floresta Amazônica e construíram suas propriedades rurais, pois atendiam a um chamamento do governo federal que deflagrou a campanha INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR, temendo os interesses dos Estados Unidos sobre a Amazônia.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA regularizou cerca de 30% dessas áreas e 6 milhões de hectares aproximadamente ainda estão irregulares e a cerca de 30 anos a medida prejudica a maioria da classe produtora que se vê diante de uma série de dificuldades, principalmente na hora de contrair empréstimos junto às instituições financeiras. “ Todas essas áreas estão ocupadas e necessitando simplesmente da regularização”, salientou o presidente do Comitê Pró-Regularização Fundiária Alberto Cesário (Betinho), fundado em maio de 2003, após a tentativa ameaçadora do Incra na retomada de áreas consideradas de propriedade da União.

O presidente da Comissão de Terras e Desenvolvimento Agrário na Assembléia Legislativa, deputado estadual Pedro Satélite (PPS), um dos fundadores da Região Norte, classifica a medida do Incra como desastrosa. “ Jogou-se o homem no campo e não lhe ofereceu condições de sobrevivência, sequer concedeu-lhe o titulo da terra”, desabafou.

Pedro Satélite, disse ainda que a Região Norte está sobrevivendo graças ao espírito empreendedor da maioria dos produtores rurais, que desbravaram a terra e nela produzem as milhares de toneladas de grãos. Consolidando a região como pólo de produção. “ Exigimos que o direito de propriedade seja respeitado. Quem produz merece o mínimo respeito” finalizou.

O Comitê Pró-Regularização Fundiária, está buscando na esfera federal a regularização dessas áreas. “ Nós queremos ser parceiros no Incra, inclusive na elaboração da reforma agrária. Temos terra suficiente para assentar todos os nossos sem-terras” concluiu.

Em troca o presidente do Comitê Pró-Regularização Fundiária Alberto Cesário (Betinho), defende que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA emita a documentação de toda a área irregular.




Fonte: Diário News

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