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Economia
Quinta - 23 de Setembro de 2004 às 21:18
Por: Renato Verissimo

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Brasília - A melhora nas expectativas em relação ao desemprego e à inflação nos próximos seis meses refletiram positivamente no Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), que no terceiro trimestre do ano registrou uma variação positiva, depois de dois trimestres consecutivos com recuo.

Segundo os dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Inec teve um aumento de 5%, somando 103,03 pontos. No segundo trimestre do ano foi de 98,08 pontos. O resultado é o melhor para terceiros trimestres desde o início da série. Segundo a CNI, a melhoria do indicador mostra que "os consumidores estão finalmente sentindo os efeitos do reaquecimento da economia".

O Índice é resultado da média ponderada de várias perguntas sobre itens, como inflação, emprego, intenção de compras e satisfação com a vida. A pesquisa, que é trimestral, ouve 2002 pessoas em todo País. Segundo a CNI, espera-se, no último trimestre do ano, uma melhora como nos anos anteriores. "Esse aumento poderá ser mais intenso com a continuidade do reaquecimento da economia e a percepção de seus efeitos pelos consumidores", afirma a CNI.

Inflação e emprego

Embora a apreensão sobre a evolução do emprego e da inflação, principais responsáveis pelo recuo do Índice nos trimestres anteriores, tenha apresentado grande melhora no terceiro trimestre do ano, a preocupação com a inflação ainda é forte: 50% dos entrevistados pela CNI ainda acham que a inflação vai aumentar nos próximos seis meses; 17% acham que vai diminuir; 33% acreditam que o índice de inflação não vai mudar.

O grande destaque foi a melhora nos indicadores sobre emprego, que vem crescendo a cinco trimestres. O indicador que mede a segurança no emprego foi o maior para o trimestre desde 1998 e o que mede a expectativa em relação ao aumento do desemprego aumentou 11,9% em relação ao segundo trimestre do ano, atingindo o melhor resultado para terceiros trimestres.

O porcentual de entrevistados que acreditam na queda do desemprego nos próximos seis meses é de 32%, o maior registrado desde junho de 2003. No trimestre anterior, este porcentual era 23%. Porém, 46% continuam achando que o desemprego vai crescer nos próximos meses, embora esse porcentual tenha sido de 57% na pesquisa anterior.




Fonte: Agência Estado

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