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Economia
Segunda - 23 de Agosto de 2004 às 14:28
Por: CARLOS MARTINS

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O Governo de Mato Grosso e diversos segmentos econômicos do Estado estarão representados na Expo Brasil China que acontecerá em Pequim (Beijing) entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro no Centro de Exposições Internacionais da China. Quase três meses depois da histórica visita de uma missão brasileira à China, vários Estados e dezenas de empresas representando os mais diversos segmentos econômicos voltam à China para dar estreitar ainda mais os relações comerciais e culturais. Em maio passado uma comitiva capitaneada pelo presidente Lula e composta por cerca de 500 empresários esteve na China e o Governo do Estado também se fez presente com um grupo integrado por secretários de Estado e diversos empresários mato-grossenses. Tendo a frente o governador Blairo Maggi, a comitiva cumpriu na ocasião uma extensa programação na China e no Japão.

"Não podemos perder essa oportunidade de estreitarmos os contatos iniciados na viagem realizada à China", explicou Maria Izabel de Moraes Manfrin Coutinho Barbosa, assessora do secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato. Maria Izabel embarca nesta terça-feira (24.08) para a China com a missão de representar o Governo do Estado e várias empresas mato-grossenses. A participação de Maria Izabel na Expo Brasil China não terá nenhum ônus para o Estado, já que é fruto de uma parceria com a Bolsa de Mercadorias e & Futuros de São Paulo com o apoio de grupos empresariais que serão representadas no evento. A assessora fez parte da comitiva liderada pelo governador Blairo Maggi que esteve na China e Japão entre os dias 27 de maio e 2 de junho.

O Expo Brasil China tem como patrocinadores grandes empresas, tais como Petrobrás, Eletronorte, Banco do Brasil, Furnas e Embraer. O objetivo é facilitar a abertura de canais de entendimento e negócios, criar raízes nas relações bilaterais, atrair investimentos chineses e promover as exportações brasileiras, entre outras metas. A Expo Brasil China tem o apoio da Presidência da República, de vários ministérios, da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) e do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). É interesse, também, estabelecer parceria estratégica entre os dois países.

COOPERAÇÃO - Será sugerida a cooperação técnica nos seguintes setores: aço, energia elétrica, petróleo e gás, espacial e aeronáutica, farmacêutica, eletrônica, informática, telecomunicações, alimentos, bens e capital, construção de infra-estruturas, pesca e aqüicultura, biotecnológico e agricultura familiar. A Expo Brasil China tem na programação as seguintes atividades: Seminários e Workshops (inclui rodada de negócios), Mostra de Arte Culinária (os presentes poderão saborear a feijoada, churrasco, cafés, frutas), Mostra Turística, Exposição de Artes, Festas Brasileiras (Pantaneira, Samba, Gaúcha, Baião, Xaxado), Mostra Literária e Mostra de Arte Futebolística (com a presença da CBF e do Clube dos Treze).

No dia 27 de maio passado, durante a visita brasileira à China, a BM&F inaugurou um escritório em Beijing cuja função é a de representar os estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E será no próprio estande da BM&F que Mato Grosso irá ocupar um espaço para divulgar o Estado. "Vamos levar um farto material de divulgação sobre o Governo do Estado incluindo vídeos, fotos, revistas e folders além de material informativo sobre os setores que estaremos representando", disse Maria Izabel. A divulgação inclui as secretarias de Turismo e de Cultura, que produziu um folder especial bilíngüe (português-mandarim).

De acordo com o coordenador geral da Expo Brasil China, Wladimir Pomar, entre 1980 e 2003 o PIB da China deu um salto, subindo de US$ 240 bilhões para US$ 1,3 trilhão. O comércio externo daquele país pulou de US$ 40 bilhões para US$ 800 bilhões A população de 1,2 bilhão de pobres passou a "enriquecer em ondas". Da população, 500 milhões ainda são pobres, 500 milhões atingiram o nível de classe média e 250 milhões já tem poder aquisitivo de classe média alta. A China tem como plano chegar em 2020 com 1,4 bilhão no piso de classe média alta (padrão belga de vida). "O país está diante de um país cujo mercado nos próximos 20 a 30 anos apresentará forte de manda de produtos e capitais e forte oferta de equipamentos, tecnologias e capitais. O comércio Brasil-China já saltou de dois bilhões para oito bilhões de dólares, mas ainda há um vasto campo de oportunidades para novos saltos", disse o coordenador, que é especialista no assunto, autor de vários livros sobre a China e que presta consultoria para empresas interessadas em ingressar no mercado asiático.

Os contatos iniciados pelos empresários de Mato Grosso na visita oficial a China realizada no mês de maio redundaram no fechamento de vários contratos, principalmente no setor de carnes. O objetivo na ocasião foi a de iniciar negociações para ampliar o comércio no setor de carnes, especialmente no segmento aves e suínos, já que atualmente o grosso das exportações mato-grossenses para aquele país baseia-se na soja (inclui o farelo), madeiras e couros. No ano passado, Mato Grosso exportou para a China US$ 282 milhões e a meta é intensificar ainda mais o comércio. E é exatamente isso que pretendem as empresas que estarão representadas em Beijing. São elas: Sindalco, Sindifrigo, Frigoríficos Anhembi, Frigoríficos Marfrig, Frigorífico Quatro Marcos, Frigorífico Raja e Intercoop (Cooperativas Coagril de Lucas do Rio Verde e CooperMutum de Nova Mutum). "Vamos também intermediar os contatos entre os interessados pelos produtos e as empresas", explicou Maria Izabel.

Os interessados em saber mais sobre o evento que acontecerá em Pequim, poderão acessar o site www.expobrasilchina.com.br, no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a seguinte mensagem: "A importância de um país como a China no cenário internacional atual é evidente. Não só por suas dimensões continentais ou sua imensa população, como, também, pela cultura milenar que representa e pela força de uma economia em franca expansão. E é o estreitamento de relações com essa potência que buscamos ao participar da Expo Brasil China. Para mostrar, ainda, todo o potencial de um país como o Brasil, que tanto tem a oferecer econômica e culturalmente. Uma oportunidade imperdível de formar parcerias na busca por um desenvolvimento econômico global que beneficie não só um pequeno grupo de países, mas todas as nações.





Fonte: Redação/Secom-MT

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