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Agronegócios
Quinta - 19 de Agosto de 2004 às 22:26
Por: ROSI MEDEIROS

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"Em Mato Grosso tudo gira em torno do agronegócio, setenta por cento da economia está ligado direto ou indiretamente a ele. É o responsável pela geração de empregos, melhoria da qualidade de vida das pessoas", afirmou o secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Cloves Vetoratto, durante palestra "O impacto sócio-econômico do agronegócio", no Amazontech 2004, realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

Os vinte municípios mato-grossenses com melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) têm a agricultura empresarial como a base de sua economia. O que lidera o ranking é o município de Campos de Júlio, com IDH de 0,845, estando entre os 50 melhores lugares para se viver no país. "Já os vinte piores não têm a agricultura empresarial entre suas atividades", conclui o secretário.

O desenvolvimento da produção também é a responsável pela geração de novos empregos no Estado. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que dos 33.950 trabalhadores empregados neste primeiro semestre deste ano, 44,2% deles foram gerados pela agropecuária, o que representa 14.994 vagas. A indústria de transformação, que também faz parte da cadeia de agronegócio, foi responsável por outros 21,9%, seguido comércio (16,19%), setor de serviços (12,8%) e construção civil (3,5%).

"O trabalhado gerado pela agricultura no Estado não é mais sanzonal. Nas propriedades tem atividade sendo desenvolvida o ano todo, acaba a colheita de algodão, vem o plantio da soja e depois o milho e assim por diante", afirmou o secretário. Ele exemplificou que para uma indústria esmagadora de soja, para a empresa processar 600 mil toneladas por ano é preciso 130 trabalhadores, numa área de 190 mil hectares. No plantio dessa área são empregados mais de 2 mil trabalhadores.

O bom desempenho do campo também é o responsável pelo aumento da arrecadação de impostos. Em 2003, o Estado teve a segunda melhor colocação no país, com o crescimento na arrecadação de 33% em relação ao ano anterior, segundo informações do Conselho de Política Fazendária (Confaz). O desenvolvimento econômico do Estado tem sido acompanhado pelo crescimento na área social. De 1992 a 2002, o Brasil registrou o índice de 19,4% de diminuição da pobreza, já Mato Grosso, no mesmo período, reduziu em 38%, segundo levantamento do Instituto de Estudo do Trabalho e Sociedade (IETS).

Para desmistificar a idéia de que Mato Grosso exporta soja sem valor agregado, o secretário expôs diversos gráficos. "Para cada dólar de importação nós agregamos dentro do país mais U$ 7. Em Mato Grosso a relação é de um dólar por 2,5", afirmou. "Outra jusficativa que dizem por aí é de que a soja é um produto isento de arrecadação, mais para as propriedades produzirem é preciso energia, óleo diesel, maquinário, enfim uma série de outros produtos que não estão isentos", destacou.

DESENVOLVIMENTO – Mato Grosso é o maior produtor do país em soja, algodão e se destanco em outras culturas, como milho, cana-de-açúcar. "Temos perspectivas de crescimento muito otimista. O Estado será o grande pólo de desenvolvimento", afirmou Vetoratto. A previsão, segundo o secretário, é de que em 2015 o Brasil esteja produzindo 230 milhões de toneladas de grãos e fibras. A região Centro-Oeste e parte da Região Norte responderão por 60% dessa produção.

Com estes índices favoráveis do agronegócio e uma administração estadual centrada na eficiência, transparência e correta aplicação dos recursos públicos, o Estado tem atraído novos investimentos. Desde o início do Governo Maggi foram abertas mais de 15 mil empresas no Estado. Somente no primeiro semestre deste ano foram 5.440 novas empresas, sendo que 1.290 delas somente em Cuiabá, o que representa 24% do total. "Estamos sendo bem-sucedidos em mostrar esta realidade aos empresários. Já temos confirmadas três indústrias de agroquímicos que estão se instalando no Estado, três de cilos, além da negociação bastante adiantada para instalação de uma indústria de tratores", informou Vetoratto.

MEIO AMBIENTE – Mato Grosso possui uma extensão territorial de 906.807 km2, 32% dele é utilizado para diversas atividades econômicas, sendo que apenas 7,2% do seu território é utilizado para agricultura. "Podemos afirmar que vamos preservar 60% do nosso território para as futuras gerações sem qualquer problema", enfatizou o secretário. O Estado detêm 68% de toda a produção agrícola da Amazônia Legal.

O aumento da produtividade das áreas agrícolas é apontado como o instrumento principal para garantir a segurança alimentar do país e a proteção do meio ambiente. Nos últimos 14 anos a produção agrícola brasileira teve um desenvolvimento surpreendente. A área plantada cresceu 23% e a produção aumento em 125%. "O investimento em pesquisa em sido a maior amiga do meio ambiente. Nesse sentido o trabalho desenvolvido pela Embrapa tem sido extremamente importante para se descobrir as novas variedades de algodão, soja e outras culturas. Os investimentos em tecnologia feitos pelos fundações privadas, como a Fundação Mato Grosso e Centro-Oeste, tem contribuído de forma substancial", disse Vetoratto.




Fonte: Assessoria/Amazontech

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