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Meio Ambiente
Sexta - 13 de Agosto de 2004 às 13:37
Por: Norma Nery

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O chefe do Escritório de Licenciamento das Atividades de Petróleo e Nucleares do Ibama, Edmilson Maturana, esclareceu hoje que a vistoria que será realizada durante três dias no navio da empresa CGG é para verificar se estão sendo cumpridas as exigências do licenciamento para a realização de prospecção sísmica de petróleo. Maturana disse que a vistoria estava previamente agendada para o próximo dia 23, mas foi antecipada devido às hipóteses que relacionam a atividade ao encalhe das baleias no litoral fluminense.

Um técnico do escritório do Ibama, acompanhado por um especialista em baleias, seguiu hoje para o navio, que está baseado na região de Cabo Frio, a 280 quilômetros da costa. A vistoria vai apurar, entre outras medidas, se a empresa está cumprindo a determinação de disparar pulsos sonoros de baixa intensidade, e ir aumentando gradativamente até atingir os 180 decibéis emitidos pelo canhão e que são perceptíveis aos crustáceos num raio de 10 km. Outra questão é verificar se a atividade é interrompida quando se avistam baleias ou tartarugas a menos de 500 metros do navio.

Edmilson Maturana disse que o navio é o único no momento a exercer atividade sísmica no Estado, embora outras empresas estejam licenciadas pelo Ibama. Argumentou que a vistoria é de rotina e que não há nenhuma conclusão científica de que o trabalho seja a causa da desorientação das baleias. Afirmou, ainda, que o Brasil é o único país no mundo a manter o período de exclusão para a atividade, de julho a novembro, desde Barra do Riacho, no Espírito Santo, até Mangue Seco, na divisa dos estados da Bahia e Sergipe. Neste período ocorre grande concentração de baleias que migram para o Nordeste e o trabalho é interrompido, esclareceu.




Fonte: Agência Brasil

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