Ministério manda para laboratório mais 40 amostras de algodão transgênico
Outras 10 amostras já tinham sido analisadas e foi verificada a presença do material transgênico em quatro delas. As propriedades de onde foram coletadas são de Primavera do Oeste, Novo São Joaquim e Santo Antônio do Leste. Com a confirmação, os produtores serão autuados pela delegacia federal de agricultura do estado até a próxima sexta-feira. A partir daí, eles terão amplo direito de defesa. Se comprovada a infração, os agricultores serão enquadrados na lei de sementes e na lei de biossegurança.
A partir de agora, o Ministério vai intensificar a fiscalização nas lavouras de algodão em Mato Grosso e ampliará o trabalho nos outros 16 estados produtores. A estratégia do trabalho será definida amanhã, em reunião com as autoridades de defesa agropecuária do Ministério e os delegados de agricultura dos estados a serem fiscalizados.
O plantio de algodão transgênico é tipificado como crime porque não foi autorizado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), conforme prevê a lei. Os infratores ficam proibidos de colher e a lavoura pode até ser destruída. O algodão já colhido será interditado.
O secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, disse que a ação do ministério será rápida para evitar a contaminação de outras lavouras. Existe esse risco, conforme explicou o secretário, porque o pólen é transportado por insetos e aves. Com isso, o algodão transgênico pode cruzar com o algodão convencional.
Comentários