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Agronegócios
Quarta - 11 de Agosto de 2004 às 19:26
Por: Marli Moreira

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São Paulo - Os exportadores brasileiros de carne bovina esperam obter ganhos de receita, se houver êxito nas negociações com a União Européia sobre a taxação dos produtos embarcados para o bloco econômico. Foi o que informou hoje o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Pratini de Moraes.

Os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) negociam com a União Européia a redução de impostos sobre a carne, que beneficiaria principalmente o Brasil, que participa com 42,5% do total embarcado pelo Mercosul. A Argentina tem 29,5%, Paraguai 7% e Uruguai 21%. De acordo com o balanço mensal da Abiec, o Brasil já vem obtendo valorização da mercadoria vendida no exterior.

De janeiro a julho deste ano, a receita do país com as exportações foi de US$ 1,3 bilhão, valor que supera em 71, 49 % o montante registrado nos sete primeiros meses de 2003. As vendas de carnes "in natura" e de processados superaram um milhão de toneladas. O ganho maior, 83,82%, foi na venda do produto “in natura”. As 708.356 toneladas renderam um saldo de US$ 1,05 bilhão. No mesmo período de 2003, foram 506.300 toneladas e um faturamento de US$ 571,6 milhões.

Contabilizando apenas as vendas de carne bovina industrializada, no acumulado do ano, houve uma movimentação de 300.920 toneladas, no valor de US$ 262,3 milhões, com alta de 35,16% no volume financeiro e de 17,94% na quantidade embarcada. Segundo Pratini de Moraes, essa movimentação mantém o Brasil na liderança internacional em exportação de carcaças (peças com ossos).

Pratini de Moraes revelou que os lucros e o avanço do setor só não têm sido maiores em decorrência da taxação imposta pelo bloco europeu. Segundo ele, desde o final do ano passado houve uma substancial recuperação dos preços em dólares, com elevação em torno de 35%. No segundo semestre, a tendência será uma estabilização ou pequenas valorizações nos preços e aumento dos volumes de venda. A expectativa de Pratini de Moraes é manter a posição de liderança do país, com a continuidade do programa de vigilância sanitária e investimentos nas áreas de logística, transporte e marketing. A meta anunciada no início do ano, de US$ 2 bilhões, deverá ser ultrapassada, avaliou.

Os maiores importadores de carne “in natura” do Brasil neste ano foram os países baixos (Holanda, Bélgica e Luxemburgo), Rússia e Chile. Dentre os novos mercados, aparecem a Argélia, que entrou para a lista em julho passado. Houve ainda expressivo aumento na participação no Irã.




Fonte: Agência Brasil

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