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Economia
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 10:42
Por: Carolina Cimenti

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O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Brasil, Mario Mugnaini, disse que o Mercosul está disposto a "flexibilizar" e considerar a proposta da União Européia que levou à suspensão temporária das negociações entre os dois blocos. "Eu vim para reconstruir a ponte com a UE", afirmou Mugnani nesta quinta em Bruxelas. "O Mercosul está disposto a flexibilizar." A Camex é subordinada à pasta do Desenvolvimento, de Luiz Fernando Furlan.

A proposta da UE apresentada na terça-feira prevê a abertura do mercado europeu a alguns produtos no sistema de cotas: 60% delas seriam oferecidas de forma gradativa em dez anos e os demais 40% seriam vinculados ao resultado das negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio).

A proposta havia sido classificada como "decepcionante" pelo chefe das negociações pelo lado do Mercosul, o embaixador brasileiro Régis Arslanian.

Cotas

Agora, segundo Mugnaini, o Mercosul aceitaria discutir a oferta escalonada, desde que a UE aumente as quantidades de produtos em cada cota.

"Claro que, se os europeus aumentarem o tamanho da cota de carne importada do Mercosul, por exemplo, ficará mais fácil aceitar que essa cota seja entregue em dez anos, e não imediatamente. Fica cogitável", disse Mugnaini.

Atualmente o Brasil exporta 250 mil toneladas de carne bovina ao ano para a UE.

Apenas 50 mil toneladas são vendidas com a tarifa reduzida, pois essa é a cota atual do país. As outras 200 toneladas pagam uma tarifa de 150%.

Os europeus estão propondo uma cota de 100 mil toneladas para todo o Mercosul. Os negociadores do Mercosul haviam pedido uma cota de 300 mil toneladas.

Mugnaini lembrou que cerca de 30% das exportações do Mercosul vão para a UE, o que torna as negociações consideravelmente importantes.




Fonte: BBC Brasil/Bruxelas

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