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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 09 de Junho de 2004 às 10:04

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O grupo alimentação foi responsável pelo aumento da inflação tanto no atacado como no varejo, segundo aponta a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de junho. O indicador atingiu 0,66% no período, superando o teto de estimativas feitas por alguns analistas, que projetavam até 0,60%. Em igual período de maio, o indicador teve variação de 0,42%.

Problemas climáticos, com a antecipação do frio e o excesso de chuvas em algumas regiões, prejudicaram a lavoura de hortaliças e legumes.

O IPA (Índice de Preços por Atacado) passou de 0,47% para 0,73%, puxado principalmente pela alta de 0,93% nos bens de consumo (que inclui alimentos), ante taxa de 0,11% em maio. Os bens de produção recuaram de 0,65% para 0,63%.

Entre os itens que tiveram as maiores influências positivas no atacado, de acordo com dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), as altas mais significativas foram da cebola (+49,29%), do tomate (+14,20%) e dos ovos (+13,64%). Dos 15 produtos que mais pressionaram o IPA, 12 estão relacionados aos alimentos.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede os preços no varejo, subiu de 0,29% para 0,48%, influenciado, principalmente, por alimentação, transportes e vestuário.

Alimentação passou de uma deflação de 0,05% para alta de 0,66% entre maio e junho. No varejo, a cebola subiu 32,23% e o tomate, 10,47%. Transportes, que havia recuado 0,24% na primeira prévia do mês passado, registrou aumento de 0,31%. Neste grupo, pesou a alta de 0,43% na tarifa de ônibus urbano e de 4% no álcool combustível.

Vestuário subiu de 0,69% para 1,32%, com destaque para as roupas femininas. Calça comprida de mulher, por exemplo, teve aumento de 3,58%, e blusa feminina, de 3,73%.

O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) ficou em 0,63%, ante variação de 0,49% no mesmo período do mês passado. Materiais e serviços avançaram de 0,93% para 1,19%. Vale destacar a alta do aço para o setor, que chegou a 3,56%, e foi o que mais influenciou a inflação na construção. O preço da mão-de-obra apontou estabilidade.

No ano, o IGP-M acumula alta de 6,03% e, em 12 meses, de 8,84%. IPA, IPC e INCC têm pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente, na formação do índice.




Fonte: Folha Online

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