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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 09 de Junho de 2004 às 09:42

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Brasília - O Brasil não pretende renovar o acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que vence no final deste ano. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, o Fundo tem sido um "parceiro excelente" do Brasil, mas a intenção do governo é não renovar o acordo. O secretário ressaltou, porém, que o governo não vai tomar decisão que ponha em risco "os avanços conquistados" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o ajuste fiscal.

Ontem, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, também sinalizou que o Brasil não pretende renovar o acordo. "A princípio nosso acordo acaba entre o final deste ano e o início do ano que vem", revelou Palocci.

Levy disse ainda ser prerrogativa do governo brasileiro, e não do FMI, a responsabilidade fiscal do país. "É um compromisso nosso. Não precisamos do Fundo para saber qual a nossa responsabilidade fiscal. O nosso balanço externo está mais que ajustado. Temos de continuar trabalhando", enfatizou.

Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, o secretário do Tesouro mostrou aos parlamentares que o governo superou em R$ 6 bilhões a meta de superávit primário prevista para o primeiro quadrimestre do ano, mesmo com déficit nas empresas estatais calculado em R$ 1 bilhão.

Na avaliação do secretário, o governo conseguiu superar as expectativas por ter cumprido as metas fiscais, assim como por ter mantido a execução orçamentária próxima aos limites das despesas na área social já que, segundo Levy, os ministérios da área social gastaram 95,5% do Orçamento previsto para o primeiro quadrimestre deste ano, enquanto as demais pastas executaram apenas 68,6%.

A intenção do governo brasileiro, de acordo com Levy, não é aumentar a meta de superávit primário, prevista para 4,25% até 2006. "Eu acho que a verdadeira segurança do Brasil é limitar o gasto corrente. Foi uma decisão clara e corajosa do governo dar prioridade agora ao investimento. E também não ficar fazendo ‘iôiô’ de superávit primário", afirmou. As informações são da Agência Brasil.




Fonte: Estadão.com

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