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Nacional
Sexta - 28 de Maio de 2004 às 18:39

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O primeiro contingente das Forças Armadas brasileiras, com 63 Fuzileiros Navais e 98 militares do Exército, embarcou hoje de manhã da Base Naval de Mocanguê, no Rio de Janeiro, para a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti. Eles fazem parte da Brigada-Haiti, formada por 1.200 militares brasileiros que integrarão as Forças de Paz das Nações Unidas naquele país.

Os militares embarcaram em dois navios, uma fragata e um navio tanque, repletos de equipamentos, vacinas, material logístico, comida e água. Ao todo são 143 viaturas, entre elas três ambulâncias, 11 reboques, 12 urutus ? carros blindados sobre rodas -, caminhões de até cinco toneladas, além de equipamentos de comunicação, duas cisternas de água e duas de combustível e frigoríficos.

Os navios levarão 18 dias, sem escala, para chegar ao Haiti. Lá, os militares brasileiros vão se juntar a outros da Argentina e do Chile que vão substituir militares dos Estados Unidos, Canadá, França e Chile, que estão em Porto Príncipe desde o fim de fevereiro, quando o então presidente Jean Berthran Aristides renunciou ao cargo.

Os brasileiros têm como missão proporcionar condições para a redemocratização do Haiti que atravessa uma crise político-social-econômica, agravada com a atuação de uma milícia armada que tomou conta das ruas desde a renúncia de Aristides. O contingente brasileiro será responsável também pelo patrulhamento de reconhecimento, escolta de comboio e segurança de autoridades, pacificação em áreas de conflito, apoio à equipe de engenharia encarregada de desativação de minas terrestres e explosivos, e apoio às ações humanitárias.

A Brigada Haiti, formada por 948 homens do Exército, 251 da Marinha e 1 da Aeronáutica vai ser comandado pelo general-de-brigada Américo Salvador de Oliveira. Ele ressaltou o aspecto pacífico da missão e o trabalho de dar prosseguimento à atuação da tropa interina que está naquele país desde fevereiro, para garantir condições de estabilidade àquele país.

?Nos vamos prestar segurança sempre dentro de uma visão de que é uma tropa amiga, de um país amigo, que está lá para colaborar, para dar as melhores condições para que se restabeleça o sistema de infra-estrutura, tanto no campo da política quanto econômico no Haiti?, explicou.

O comandante-em-chefe da esquadra da Marinha, vice-almirante Carlos Augusto Vasconcelos, disse que os brasileiros não sabem se vão enfrentar algum tipo de hostilidade no desembarque, e que a tarefa não vai ser muito fácil tendo em vista a atuação da milícia armada.

O governo brasileiro está gastando R$ 150 milhões no envio das tropas, mas parte desse dinheiro vai ser ressarcida pelas Organizações das Nações Unidas. Pelo tratado da ONU, as Forças de Paz ficarão no Haiti por seis meses, podendo esse período ser renovável por mais seis meses.

O general-de-divisão Augusto Heleno Ribeiro Pereira estará à frente da missão, que terá ao todo 6.700 militares do Brasil, Argentina e Chile.




Fonte: Terra

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