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Economia
Segunda - 24 de Maio de 2004 às 14:59
Por: Carlos Martins

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A empresa MT Gás, responsável em Mato Grosso pelo gerenciamento e distribuição do gás natural vindo da Bolívia, vai oficializar seu ingresso na Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS) durante o evento Gás Summit Latin América, que será realizado entre esta terça-feira, 25, e a próxima quinta-feira, 27, em São Paulo, no Crowne Plaza Hotel. O presidente da empresa, José Carlos Dias é um dos participantes do evento que reunirá as grandes empresas produtoras e distribuidoras de gás natural, consumidores, órgãos reguladores, escritórios de advocacia, de engenharia, fornecedores de equipamentos e serviços, além de empresas de consultores de gestão empresarial e estratégica.

Será a primeira vez que Mato Grosso irá participar do evento que acontece anualmente. “Teremos a oportunidade de conversar com os líderes do setor no Brasil e da América latina, estreitando o relacionamento da MT Gás com fornecedores, com exportadores de gás, com empresas construtoras de dutos, com técnicos do mais alto nível do setor”, explica o presidente da MT Gás. Durante o encontro, José Carlos Dias vai buscar informações sobre as melhores técnicas disponíveis e as que garantem melhor segurança na operação. A entrada da MT Gás na ABEGÁS, também tornará possível o acesso às informações sobre o mercado de gás natural disponíveis no banco de dados da associação.

“Estamos, agora, num período de modelagem econômica e financeira e a ABEGÁS servirá de referência. Ao conversar com os presidentes das outras empresas, nós poderemos saber como foram modeladas as outras companhias. De que maneira estas empresas estão atuando. Como conseguiram passar pelos primeiros obstáculos. Enfim, poderemos buscar as melhores alternativas num momento em que eles já construíram os dutos”, disse o presidente da MT Gás. Atualmente existem no Brasil 24 empresas distribuidoras de gás. Destas, seis estão em início de modelagem. Das outras 18, cinco delas são privadas, 11 são de economia mista com participação da Petrobrás. E em Minas Gerais, a empresa é subsidiária da Cemig e, em Mato Grosso, a companhia, embora seja mista, pertence totalmente ao governo.

A MT Gás vai aturar regionalmente. Inicialmente serão atendidos os mercados de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres – por ande passa o gasoduto – e, mais tarde, Rondonópolis. A empresa já está pronta para executar suas ações. Em abril foi iniciada a modelagem administrativa e financeira e, em maio, começou-se a organizar os padrões de segurança de construção e manutenção da rede (dutos). “Iniciamos também a modelagem dos contratos para médios e grandes clientes e estamos na fase final da definição das políticas de tarifas, para saber quanto será cobrado pelo gás em cada segmento (industrial, comercial, área de serviços e gás veicular)”, explicou José Carlos Dias.

Na próxima semana terá início a modelagem do sistema de atendimento ao cliente. Paralelamente estão sendo mantidas conversas com órgãos municipais estaduais e federais para consolidar os assuntos regulatórios. “Temos uma agenda que está sendo cumprida. No primeiro trimestre buscamos o perfil do consumidor, o potencial de mercado e a modelagem da MT Gás que está em andamento. Também se discutiu o processo regulatório e o projeto de construção de redes que ainda será licitado. Estamos partindo agora para a agenda atual que é a de montar parcerias”, acrescentou o presidente da MT Gás. Nas últimas semanas o presidente manteve reuniões com grandes empresas de Cuiabá interessadas no mercado de gás

PROGRAMAÇÃO - Segundo o presidente da MT Gás, o mercado do gás natural é muito dinâmico. Daí a importância da realização do Gás Summit Latin América, que além de discutir a produção, a infra-estrutura, prospecção e venda do gás, abordará também as novas tecnologias. Para José Carlos Dias, o ideal é que os troncos na América Latina sejam interligados. E, durante o encontro, os líderes dos setores vão determinar quais os pontos críticos para seja efetivada a integração. Nesta terça-feira, na abertura do evento, às 8h30, será abordado o Papel Econômico do Gás Natural na América Latina. Os palestrantes serão o ex-ministro de Minas e Energia do Peru Fernando Sanchez-Albavera, atual diretor da Divisão de Recursos Naturais e Infra-estrutura da CEPAL (Comisión Econômica para America Latina y el Caribe e José Félix Garcia Garcia, secretário-executivo da ARPEL (Asociación Regional de Empresas de Petróleo y Gás Natural em Latinoamerica y el Caribe. Será debatido na abertura o posicionamento estratégico das empresas de gás natural latino-americanas; como a região está se estruturando para atrair novos investidores para os países; os blocos econômicos da região e a relação entre a produção de combustíveis na América Latina e a integração com a ALCA; e investimentos necessários em infra-estrutura de produção e transporte.

Na quarta-feira, 26, além das discussões em torno dos modelos regulatórios do mercado de gás natural e dos investimentos em infra-estrutura, um painel irá abordar os “Aspectos Críticos da Distribuição de Gás Natural na América Latina”. O presidente da ABEGÁS, Romero de Oliveira e Silva, será um dos painelistas. No último dia, 27, um seminário vai discutir a polícia do governo para o gás natural. De acordo com a secretaria de Gás e Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, há a possibilidade de o Brasil passar de importador e exportador do insumo.




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