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Politica Brasil
Terça - 11 de Maio de 2004 às 18:08
Por: Elaine Resende

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Investigadores da Polícia Civil, em greve desde a noite de sexta-feira, 7, retomaram seus postos de trabalho nesta segunda-feira, 10, depois de o governo admitir estudos visando retorná-los à classe especial, medida que poderá devolver as perdas salariais de até 54% provocadas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O fim da greve foi produto de reunião promovida pelo deputado estadual Carlos Brito (PPS) com os secretários de Estado de Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, e de Administração, Geraldo De Vitto Jr, na tarde da segunda-feira (10). Da audiência, participaram representantes do movimento paredista que reconheceram na iniciativa a intenção de resolver a pendência com a categoria.

“Vamos voltar ao trabalho porque entendemos que o governo quer procurar meios legais para resolver nossa situação. É um voto de confiança. Acreditamos que o que nos foi retirado neste mês, nos será devolvido em folha suplementar, assim como sabemos que isso não é responsabilidade deste governo, mas do anterior”, disse o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia e Agentes de Polícia (Siagespoc), Clédson Gonçalves.

O agente Miguel de Souza, 50, há 26 anos na Polícia Civil, se disse emocionado com a probabilidade de resolução do conflito. “Mal consigo acreditar na resolução desse problema. Minha família estava sendo penalizada com essa decisão do Tribunal. Agora, creio que, definitivamente, isto estará resolvido graças ao governador Blairo Maggi”.

No Estado, conforme dados do Siagespoc, há 1.700 policiais lotados em delegacias. Desses, 755, por falta de nível escolar, foram remanejados à classe A, depois que a nova legislação entendeu que apenas tempo de serviço não justificaria o reenquadramento de nível e classe provocado pela implantação do subsídio como forma de remuneração, em novembro de 2000.

Em 2002, com a posse do novo governador, o grupo foi reconduzido à classe especial. Porém, entendimento do STF voltou a impedir que o Estado os pagasse, a partir da folha de pagamento de abril, como especiais.

Para o deputado Brito, a possível resolução do impasse só está tendo encaminhamento graças à disposição dos investigadores em acreditar no governo que, segundo ele, fez mais pelas polícias, em um ano, que qualquer outro nas últimas gestões. “Esta situação dos policiais civis é atípica. Não se está falando de recomposição salarial, mas de algo que pode provocar problemas sociais e administrativos. O governador tem esta interpretação e, por isso, quer procurar alternativas para resolvê-los”.

Como compromisso de governo, De Vitto se responsabilizou, com o aval do governador, a apresentar um estudo técnico-jurídico na quarta-feira (13), 14h, aos policiais como forma de pôr fim à insatisfação do grupo.




Fonte: Assessoria/AL

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