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Agronegócios
Quarta - 05 de Maio de 2004 às 12:16

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Durante dois últimos dias, auditores da Missão da União Européia (UE), sendo uma francesa e um português e mais técnicos do Ministério da Agricultura estiveram em Tangará da Serra auditando empresas comercializadoras de vacinas, propriedades rurais e o escritório do INDEA local.

A finalidade da ação que ocorreu nos mesmos moldes em Cuiabá, e por uma outra equipe nos frigoríficos de São José dos Quatro Marcos e de Araputanga - que estão entre os sete frigoríficos credenciados para exportar carne bovina em Mato Grosso, foi vistoriar o sistema de defesa animal do Estado, principalmente, em relação ao combate à febre aftosa, cuja a finalidade é manter a habilitação dos 90 municípios credenciados para exportar carne “in natura”. A Missão também avaliou o processo de rastreabilidade do rebanho bovino de Mato Grosso, através do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SISBOV).

Acompanhando pari passo os técnicos, o chefe local do INDEA, Samuel Francisco, avaliou de forma positiva a visita. “Não sabemos o resultado, até porque eles não falam nada a respeito, pois, após, juntamente com a outra equipe, vão juntar as informações e elaborar um relatório, dizendo se a União Européia continua ou não importando carne do circuito Centro Oeste, ao qual Mato Grosso pertence”, disse Samuel, enfatizando que foram levantadas falhas, “mas a gente pensa positivo e com certeza vão manter o comércio internacional com o nosso Estado sim”, completou.

Samuel aproveitou o ensejo da campanha de vacinação, e chamou atenção dos pecuaristas e revendedores de vacinas contra a febre aftosa quanto a alguns pontos falhos que os técnicos levantaram: “todo produtor quando for comercializar gado, tem que ir no INDEA regularmente e tirar a Guia de Transporte Animal-GTA, porque, ao avaliar o saldo pecuarista, puderam observar que o produtor costuma comprar, trocar e não retirar a GTA, e isso é ruim, técnica e sanitariamente falando e a partir de então será cobrado e não deverá ser tolerado esse tipo de prática; Nota Fiscal de vacinação com informações incompletas, não batendo com a realidade do produtor, dessa forma, terá que vir com todas as informações que a legislação exige”, citou Samuel.

Ainda conforme ele, a expectativa do INDEA quanto a visita, também dizia respeito à expansão da área habilitada, enquanto que na verdade, foi mais em relação à verificação do SISBOV, e a partir de então, todo produtor que comparecer ao INDEA para retirar GTA destinado à exportação para a União Européia, terá de apresentar o DIA-Documento de Identificação Animal, que é expedido pela certificadora da rastreabilidade, e caso não apresente, não estará apto à exportação. “Foram esses três pontos observados pelos técnicos”, disse Samuel, enfatizando que a partir de então, o INDEA estará agindo com maior rigor nesses quesitos.

Mato Grosso tem 24.700.245 de cabeças de gado para atender a demanda dos países que formam a UE.




Fonte: Diario da Serra Online

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