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Politica Brasil
Quinta - 29 de Abril de 2004 às 16:26
Por: Camila Toscano e Ricardo Migno

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As principais lideranças dos partidos que fazem oposição ao governo Lula no Congresso adotaram discursos similares para criticarem o reajuste do salário mínimo, que passará a valer R$ 260 a partir do próximo sábado.

"O único cargo que queremos é o seu, presidente, em 2006, pelo voto", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Peço ao senhor presidente que me prove que não pode dar mais que R$ 280. Se fizer isso, voto a favor do governo. Voto a favor do governo se ele [Lula] for à TV para fazer uma autocrítica e dizer que era delirante e cometeu um equívoco [ao criticar governos anteriores]."

"Felizmente, estamos numa democracia e faz sentido a contagem regressiva. Faltarão, a contar de 1º de maio, 987 dias para o fim da experiência infeliz do governo Lula", disse o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). "Sem dúvida, em 2006 colocaremos fim aos fracassos e escândalos do governo Lula."

"É necessário que o governo venha à público para fazer autocrítica ou falar que dava para dar um aumento maior e que é perverso e maus", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Câmara

O líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), afirmou que "o novo salário mínimo exige que o presidente Lula vá em cadeia nacional pedir desculpas à população".

"Tenho certeza de que Lula não poderá dormir tranqüilo. Nem ele e nem os que recebem esse salário mínimo. Eles prometeram dobrar o salário mínimo e não conseguem nem recuperar o poder de compra. Já o salário-família é um equívoco. Estimula o crescimento da população. Também ilude que recebe salário mínimo e não tem salário-família porque com esse salário nem pode ter uma família", disse Aleluia.

O deputado Walter Feldmann (PSDB-SP), um dos vice-líderes tucanos na Casa e pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, disse que tinha "dificuldade de dizer se [o mínimo] é decepcionante ou se é de acordo com a visão que temos hoje do governo Lula: um governo fraco, menor do que aquilo que se esperava, sem condições de realizar mudanças inteiras que recuperem a economia do próprio governo e para oferecer um salário mínimo que prometeu durante a campanha eleitoral". "Acredito que a popularidade do presidente terá uma queda vertiginosa", completou.

Expulso do PT no ano passado, o "ex-radical" da sigla Babá (sem partido-PA) disse que o anúncio "foi uma tentativa de se enganar a população". "Continua o Lulinha paz e amor com os banqueiros e o Lulinha ódio no coração para os trabalhadores. É lamentável. Lula deveria pensar muito naquela vaia que levou em São Bernardo do Campo (SP) na semana passada. Ele deve estar levando hoje uma vaia de todos os trabalhadores do país."




Fonte: Estadão.com

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