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Polícia Brasil
Quarta - 28 de Abril de 2004 às 16:29

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A verdade sempre vem à tona. Muitas vezes até demora, mas um dia ela aparece. O comentário é do delegado João Bosco de Barros, titular da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), se referindo ao falsário Paulo Roberto Gomes dos Santos. “Como você se identifica como Francisco De Angelis Viccari Lima, também conhecido como Chicão, se o teu nome verdadeiro é Paulo Roberto?”, questionou o delegado Bosco. “Tiro o chapéu senhor e vou falar a verdade doutor”, se entregou Gomes.

Foi assim que a Polícia Civil de Mato Grosso deu mais um passo em investigações inteligentes contra um assassino perigoso, acusado de matar pessoas em série. O delegado João Bosco inclui nas investigações o delegado Flávio Stringueta, da Delegacia Municipal de Lucas de Rio Verde (Norte, a 340 km de Cuiabá).

Curioso e técnico, o delegado Stringueta foi revirar papeis na empresa de Gomes naquela cidade, quando encontrou papeis com o nome de Paulo Roberto Gomes dos Santos. Mais uma vez a Polícia Civil estava no caminho certo, chegando a novas provas contra um assassino que se escondia atrás de um nome falso

Ao fazer contato com Cuiabá, Stringueta solicitou ao delegado Bosco, por telefone, que checasse o nome de Paulo Roberto Gomes dos Santos. O nome é de um homem procurado pela Polícia e pela Justiça do Rio de Janeiro desde 1988. Gomes era fugitivo desde que foi acusado de matar um delegado da Polícia Civil carioca.

Antes de ser formar em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro, Gomes foi agente da Polícia Civil. Ao passar em um concurso público, se tornou cabo da Polícia Militar carioca. Ao ser descoberto como falsário, Gomes confirmou tudo, mas não se esqueceu, de como formado em Direito, mesmo nunca tendo exercido a profissão de advogado, tem direito a cela especial.

“O Paulo Roberto que usava o nome de Francisco se espantou ao ser questionado sobre seu verdadeiro nome, mas acabou confessando tudo na frente de um advogado. As investigações contra ele, no entanto, vão continuar. Quem sabe ele não resolve confessar os outros crimes? Tudo pode ser apenas uma questão de tempo”, ponderou o delegado João Bosco.




Fonte: 24 HorasNews

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