Mário Márcio perde legenda e PDT se aproxima da "Tríplice Aliança"

Brizolista convicto, pedetista histórico: Márcio Márcio Torres não pode mais utilizar o nome do PDT. A decisão é do juiz Sebastião Moraes Filho, da 5ª Vara Civil de Cuiabá, em ação declaratória de nulidade de ato. A ação foi proposta com Linconl Sardinha, Manoel Galvão e Sebastião Ubirajara de Arruda e afasta Torres da direção do partido, pela qual esteve por anos a fio. Mário foi acusado de violar normas estatutárias – o que, segundo os que ingressaram com a ação, maculou a convenção para eleição do novo diretório, realizada em 21 de março. A decisão do magistrado foi em caráter liminar.

De acordo com o juiz, existe “prova inequívoca” de que houve falha nos procedimentos do PDT. O partido, segundo a ação, deixou de requisitar o plenário da Câmara de Cuiabá para a realização da convenção do dia 21 de março passado. “Claro e patente está que a Diretório Estadual do Partido Democrático Trabalhista, convocou a eleição no plenário da Câmara Municipal, situada na Av. Getúlio Vargas, Centro desta Capital, entretanto o ato foi realizado em local diverso, na sede do partido” – explica o juiz em sua decisão. Tal fato impossibilitou a participação de diversas pedetistas.

Na sua decisão, o juiz Sebastião Moraes Filho pede que a chapa vencedora se abstenha de registrar a chapa junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), bem como “praticar quaisquer outros atos”. Caso qualquer ato seja praticado, será aplicada multa de R$ 50 mil.

Até a decisão final da Justiça, o PDT em Mato Grosso está sem comando. É possível que, em função disso, a Direção Nacional do partido nomeie uma comissão provisória para dirigir os destinos da sigla, especialmente agora na eleição. Uma coisa é certa: sem Torres no comando é quase certo que o PDT acabe migrando para a “Tríplice Aliança”, formada pelo PP, PTB e PL. Com Torres, o partido seguiria apoiando a candidatura de Wilson Santos.