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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 26 de Abril de 2004 às 10:40

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A nomeação do ex-senador Carlos Bezerra para a presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) continua trancada. Apesar de o presidente Lula ter liberado a portaria, Bezerra sofreu nesta segunda-feira mais um duro golpe. Desta vez, a antiga denúncia de envolvimento com o esquema de proteção para fuga ao então prefeito eleito de Juscimeira, José Resende da Silva, o Zé Guia, foi publicada pelo jornal "O Globo".

Segundo o jornal, gravações telefônicas com autorização judicial mostram que o ex-senador participou entre 2000 e 2001 de uma rede de proteção ao prefeito eleito de Juscimeira. Acusado de ter assassinado o agricultor Valdivino Pereira em 1983, Zé Guia estava com prisão preventiva decretada.

As transcrições das conversas, já reveladas anteriormente, mostram que Bezerra usou o prestígio de sua função pública para influenciar na decisão judicial que liberou o prefeito. Zé Guia pôde sair em janeiro de 2001 de Cuiabá e tomar posse.

A gravação foi pedida pelo delegado da Polícia Civil, Wladimir Fransosi, e autorizada pela juíza Flávia Catarina de Amorim. As transcrições foram enviadas à Procuradoria da República em Mato Grosso, que abriu um procedimento aAdministrativo para avaliar a conduta de Bezerra .

Num dos trechos, Bezerra conversa com o vereador Paulo Franco e afirma que iria contactar o presidente do Tribunal de Justiça para resolver o problema. O ex-senador afirma que conseguiria a posse do prefeito e que ainda negociaria para que, em caso de prisão, Zé da Guia não ficasse em Cuiabá.

Em outra conversa, com o deputado estadual Gilmar Fabris (PFL), Bezerra orienta Zé da Guia a assinar o livro de posse fora da sessão. “Armamos uma posse pra ele... você tem que estar com ele disponível para fazer isso, para que a polícia não esteja, num lugar seguro”, diz o ex-senador na gravação.

O assessor Charles Lemos explica que Bezerra agiu como presidente estadual do PMDB:

— Ele agiu legitimamente para ajudar um correligionário. Todo mundo em Juscimeira sabia que Zé da Guia havia cometido um assassinato. Mesmo assim, votou nele. Bezerra atuou no episódio como dirigente partidário.




Fonte: 24 Horas News

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