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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 17 de Abril de 2004 às 15:41

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A mais alta tecnologia de máquinas e implementos agrícolas não ofusca o brilho do trabalho artesãos da cooperativa fibra nativa, que estão produzindo dentro da Agrishow Cerrado peças exclusivas de algodão no tear manual. Parte do processo é feito na tenda central.

Num pequeno espaço da tenda da Fundação-MT, as tecelãs trabalham na confecção de mantas, echarpes, bolsas, batas, almofadas, tapetes, colchas e até unitários que servem como pano de bandejas com símbolos de Mato Grosso bordados. Os preços de cada peça variam de R$ 40 a R$ 60 o m², dependendo do tipo do fio e de ponto usado na peça.

O processo artesanal começa com fio in natura, que as tecelãs recebem do Facual (Fundo de Amparo à Cultura do Algodão) passa por todas as fases do processo, começando por ser penteado na cardadeira, depois passado na roca de forma a serem feitos fios finos, médios e grossos que são colocados em cones. Num outro momento, o mesmo fio passa para medas onde é tingido e posteriormente limpo.

"Já conseguimos fazer parte do tingimento com produtos naturais. O amarelo é feito com o açafrão puro, o azul com a anileira do cerrado e o bege terroso claro com a casca de cebola. Já os tons de verde, abóbora e mostarda são conseguidos com anilina. Estamos procurando plantas na região que proporcionem estes tons", ressaltou Laís Maria da Cunha Fagundes, presidente da cooperativa. Ela também explicou que o processo inclui a fixação de cores para que as peças não desbotem no momento em que forem lavadas.

A Fibra Nativa foi fundada há oito meses. A idéia de formar uma cooperativa surgiu de 32 artesãos que estão trabalhando no projeto com o objetivo de passar a exportar as peças ainda neste ano. "O nosso projeto é promissor, o retorno financeiro ainda não é muito significativo, mas estamos trabalhando para exportar o nosso produto", disse o diretor operacional, Afrânio Fontinelli.




Fonte: Assessoria/Agrishow

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