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Cultura
Sábado - 17 de Abril de 2004 às 03:37

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O curtametragem, gênero pouco valorizado pelo grande público, mas fundamental na história da cinematografia, recebe uma homenagem no Festival de Cinema Latino de Chicago, onde serão projetadas obras de mais de doze de países. Na 20ª edição do festival, que termina em 28 de abril, participarão obras da Argentina, Brasil, Chile, Equador, Espanha, Estados Unidos, Haiti, México, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico e Venezuela.

A mostra, a mais importante do gênero nos EUA, inclui também a apresentação de mais de cem longametragens de quase todos os países latino-americanos, além de Espanha, Portugal e Estados Unidos.

Sob o título de O tamanho não é o que importa, a seção de curtametragens inclui pequenas obras-primas, produções experimentais, filmes com uma estrutura clássica e inovadoras propostas com até cinco minutos de duração, como o argentino Superman contra as Gêmeas Bomba, de Esteban Gaggino e Anibal Argañaraz.

Trata-se de uma reflexão irônica sobre o uso desmedido do poder: as Gêmeas Bomba exigem cinco trilhões de dólares ao Presidente dos Estados Unidos para não destruir o mundo, enquanto a Casa Branca chama a um superherói que já está gordo e velho.

Carolina, do brasileiro Jefferson Dé, com um dramático caráter de documentário, narra a história de Carolina de Jesus e o diário que escreveu sobre a fome, a miséria e os preconceitos na vida cotidiana de seu país na década de 1950.

O Chile, com Nono Round, de Cristóbal Hurtado, propõe em 24 minutos uma mistura de uma história esportiva com a análise psicológico de uma crise familiar.

El lugar donde se juntan los Polos, do equatoriano Juan Martín Cueva, é uma metáfora sobre a situação latino-americana através da história de um homem que percorre o continente e entrelaça em sua viagem em 40 anos de história.

Profit and nothing but!, do haitiano Raoul Peck, é um documentário sobre as estratégias do capitalismo em nível mundial e mostra a realidade desse pequeno país como exemplo das devastadoras conseqüências de uma política egoísta e corrupta.

Do México chegam Contratiempo, de Mauricio Bidault; Danzante, de Sergio Bástiz; El excusado, de Lorenza Manrique; La historia de todos, de Blanca Aguirre, e La partida, de Gerardo Tort, entre outros.

Como no Paraguai quase não há produções cinematográficas, Estudio para una siesta paraguaya, de Lia Dansker, tem um duplo valor histórico e cultural.




Fonte: EFE

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