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Economia
Sexta - 16 de Abril de 2004 às 14:07
Por: Nelson Francisco

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Rondonópolis, MT - Mato Grosso candidatou-se oficialmente nesta quinta-feira à noite (15.04) para ser beneficiado com uma unidade industrial da John Deere no Estado. Apresentando números "irrefutáveis" que apontam a pujança do carro chefe da economia mato-grossense, a agroindústria, o governador Blairo Maggi solicitou "encarecidamente" aos diretores da empresa que avaliem a possibilidade de instalar uma unidade fabril em Mato Grosso.

O convite foi feito em Rondonópolis (214 km ao sul de Cuiabá), durante assinatura de convênio para curso de operadores de máquinas, do projeto Parceria Rural, executado pela Secretaria de Emprego, Trabalho e Cidadania (Setec), em solenidade que elevou para classe mundial a concessionária Iguaçu Máquinas Agrícolas - uma classificação da John Deere pelo desempenho da sua unidade em Rondonópolis.

Com números que apontam o Estado como o celeiro da produção nacional de grãos, principalmente a soja, o arroz, o milho e a liderança absoluta da produção do algodão, o governador propôs o convite com base no crescimento da área agricultável e a demanda de máquinas, implementos agrícolas, insumos e defensivos que terá que ser utilizado. "Poucos países no mundo têm a agricultura que nós temos. Por isso peço encarecidamente para instalar uma fábrica da John Deere em Mato Grosso, justificando com números irrefutáveis", disse o governador.

Em nove anos, segundo o governador, Mato Grosso terá uma produção estimada em 45 milhões de toneladas, com crescimento de 10% ao ano. Em 2003, o crescimento foi de 12%. E a estimativa para 2004 é de 17%. Este ano será acrescentado nada menos que 1 milhão de hectares destinado à agricultura. Para atender essa demanda no campo, lembrou o governador, serão necessários pelo menos 3 mil tratores, 1.250 colheitadeiras, 1.250 caminhões, mais de 500 mil toneladas de fertilizantes, milhares de implementos agrícolas, 60 mil empregos direitos e 180 mil indiretos. Com uma política clara para o setor e uma defesa intransigente para o meio ambiente e questão indígena, Maggi reiterou que respeitará a legislação sem agressão ambiental e assegurar os direitos indígenas. O governador reafirmou seu compromisso em administrar o Estado baseado nos quatro pilares definidos por ele zelar pelo bem público: eficiência, ousadia, transparência e honestidade. POTENCIAL - Mato Grosso faz parte da Amazônia Legal que compreende aproximadamente 61% do território brasileiro, com uma área de 5.109.817 quilômetros quadrados. Deste imenso território apenas 12,4% foi aberto para uso agropecuário e outras ocupações. A agricultura ocupa apenas 1,88% da Amazônia Legal, sendo que 1,20% se concentra nos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O levantamento foi produzido pela Secretaria Especial de Projetos Estratégicos, cujo informe está sendo apresentado no Agrishow Cerrado, em formato de revista. Conforme números divulgados, Mato Grosso utiliza para as atividades econômicas apenas 30% do seu território. Com a utilização de apenas 6,48 milhões de hectares, o equivalente a 7,2% de todo o seu território, Mato Grosso é o maior produtor de soja e algodão, segundo maior produtor nacional de arroz, grande produtor de milho, álcool e açúcar no Brasil. A atividade pecuária abrande 20,3 milhões de hectares onde abriga um rebanho superior a 24 milhões de reses, assumindo o ranking nacional. De acordo com levantamento da Secretaria de Projetos Estratégicos, outros 9 milhões de hectares de cerrado e matas de transição têm potencial para serem utilizados economicamente, atendendo os dispositivos legais da legislação ambiental brasileira, uma das mais severas do mundo.




Fonte: Redação/Secom - MT

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