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Politica Brasil
Sexta - 16 de Abril de 2004 às 11:48
Por: Fernando Leal

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O presidente da Comissão Permanente de Terras e Desenvolvimento Agrário da Assembléia Legislativa, deputado Pedro Satélite (PPS), defendeu mais investimentos – em caráter de urgência – do governo federal em infraestrutura para rodovias federais, principalmente as que ligam o Centro Oeste e o Norte do país a outros portos fluviais brasileiros.

Os principais alvos de Satélite são a BR-163 – considerada a espinha dorsal do país por ligar seus extremos – e os benefícios futuros, conseqüentes da normalização daquela rodovia federal.

Dcordo com o parlamentar, os reflexos das deficiências atuais se estendem, inclusive, ao Porto de Paranaguá.

Parte da distribuição da soja do norte e centro do Mato Grosso é feita pela ligação Cuiabá (MT) - Santarém (PA), por meio da BR-163. Durante um bom período as tradings de soja também pressionaram de forma mais explícita o governo para asfaltá-la, já que é só parcialmente pavimentada.

A precária condição da estrada, sujeita a erosões é tida como um dos principais gargalos da logística do Centro-Oeste.

Para Satélite, tudo tem a ver com uma carência nacional muito grande de armazéns de estocagem – os silos.

“Em um extremo da questão, essas carências estão diretamente vinculadas à ainda precária regularização fundiária no país. A deficiência impede que – pela falta de documentos definitivos de terras – produtores construam esses silos em várias regiões”, esclareceu o presidente da comissão.

Na cadeia que liga essa precariedade ao congestionamento do Porto de Paranaguá, por exemplo, a cena seguinte é criada pela necessidade do escoamento imediato da produção.

O reflexo imediato é uma fila de extensos cerca de 100 quilômetros, formada hoje (15) por mais de cinco mil caminhões, segundo noticiário nacional.

“Ao invés de ações concretas por parte do poder público diretamente ligado à questão, o que se vê é uma medida paliativa: os caminhoneiros estão sendo compensados com 300 reais por dia parado mas sem qualquer infraestrutura que amenize essa situação que eles enfrentam”, lamentou Pedro Satélite, cobrando os investimentos.

A falta de trens para carregar grãos do Centro-Oeste até o Paraná também prejudica Paranaguá. Os caminhões que levam a soja até os terminais da Ferronorte utilizam as rodovias BR-163, 364, e 070.

A fila dos caminhões que aguardam para descarregar soja no porto de Paranaguá já transpôs o município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. p> O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, responsabiliza as operadoras de não estarem cumprindo as cotas mínimas de embarque dos produtos. Os caminhoneiros reclamam de prejuízos, da falta de infra-estrutura criticada pelo deputado Pedro Satélite e da insegurança.

Investimentos primários na produção e nas hidrovias e ferrovias expandiram as fronteiras agrícolas para a região Norte do país, estimulando o uso de portos fluviais.

Enquanto se desenvolvem os caminhos para exportar a soja pela Amazônia, continua a prosperar o tradicional corredor da soja, que une a Região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) até o Sudeste (Santos) e Sul (Paranaguá). Enquanto isso, no Nordeste, as empresas buscam novas alternativas em portos da Bahia e Pernambuco para exportar a produção.




Fonte: Assessoria/AL

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