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Nacional
Quinta - 15 de Abril de 2004 às 17:14
Por: Wilson Tosta

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Rio de Janeiro - O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz responderá a mais um inquérito policial para apurar irregularidades ocorridas durante sua gestão na presidência da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). A investigação, requerida pelo Ministério Público Estadual, apurará denúncias de desvios de verbas publicitárias e contratação de funcionários fantasma que trabalhariam para o PL e repassariam a maior parte dos salários para pastores da Igreja Universal do Reino de Deus.

Hoje, em depoimento ao MP, Waldomiro duvidou da possibilidade de desvios. “Ele alegou que, se os desvios fossem nos valores denunciados, de R$ 50 mil a R$ 100 mil, não haveria serviço, porque era muito perto do seu valor total, e assim seriam detectados”, disse a promotora Dora Beatriz Wilson da Costa, que presidiu um procedimento investigatório sobre o caso, encerrado hoje com o depoimento de Waldomiro e o pedido de inquérito na Polícia Civil. Waldomiro depôs em sigilo a pedido de seus advogados, para evitar o assédio de jornalistas.

De acordo com denúncia do assessor parlamentar Jorge Dias, alguns dos outdoors contratados pela Loterj eram pagos, mas não instalados, e a diferença era repassada aos pastores Carlos Rodrigues (ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e deputado federal pelo PL-RJ), Valdeci de Paiva (deputado que foi assassinado) e João Domingos (ex-subchefe da Secretaria Estadual do Gabinete Civil no governo de Anthony Garotinho). Da fraude, participaria a empresa Job Niterói, subcontratada da agência Giovanni. Todos os acusados negam ter participado ou se beneficiado das irregularidades.

Com relação às denúncias da existência de servidores-fantasma durante sua gestão na autarquia, Waldomiro disse que é “muito comum” que funcionários sejam contratados por um órgão público e deslocados para outro. Mais uma vez, o ex-presidente da Loterj negou ter sido indicado para o cargo pelo deputado Rodrigues e reafirmou que foi o então governador e atual Secretário de Segurança Pública Garotinho (hoje no PMDB) que o convidou. Garotinho repete que Waldomiro foi indicado para o posto pelo ministro da Casa Civil, José Dirceu.





Fonte: Estadão.com

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