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Polícia Brasil
Quarta - 14 de Abril de 2004 às 16:42

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O presidente da Seccional de Mato Grosso da OAB, Francisco Faiad, pediu hoje rapidez nas investigações do assassinato da advogada Irene Bricatti Paz, ocorrido ontem, em frente ao escritório em que trabalhava junto com o marido, o também advogado Suetônio Paz. Segundo Faiad, a demora para se chegar aos criminosos fará com que haja fomento de informações inverídicas e que apenas venham a denegrir a imagem da advogada e sua família. “A Polícia precisa agir rápido, embora sabemos das dificuldades” – frisou.

Faiad lembrou que Irene Bricatti sempre foi advogada atuante em Alta Floresta, especialmente na defesa dos direitos da classe. Ela foi uma das primeiras a atuar no município. No ano passado, chegou a ser presa indevidamente. “Ela sempre foi uma pessoa de muita luta, de muito brio, firme na defesa dos interesses da classe e também dos seus clientes” – frisou o presidente da OAB. “Hoje, o nosso maior trabalho é investigar e descobrir quem são os autores desse crime”.

Segundo o presidente da OAB, o atentado e o assassinado demonstram uma clara tentativa de intimidação da classe dos advogados. “Foi um crime cruel cometido não contra a advogada e seu marido, mas contra a advocacia do Estado de Mato Grosso”. Faiad pediu para os advogados de Alta Floresta e demais cidades para não desistirem de buscar a defesa de seus clientes, apesar de reconhecer o clima de terror e dos riscos que representam a profissão.

Irene Bricatti foi morta com oito tiros. Dois homens em uma motocicleta, de acordo com testemunhas, efetuaram os disparos. O marido da advogada estava junto a ele na hora do atentado e recebeu dois tiros. “Felizmente, ele já não corre mais riscos” – disse Faiad, que esteve pela manhã no Hospital Santa Rita visitando o advogado e manifestando sua insatisfação com o alto índice de violência em Mato Grosso.

O presidente da OAB conversou com o delegado Carlos Cunha, do Grupo de Combate ao Crime Organizado, órgão da Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Faiad informou que a OAB estará designando um advogado do município para acompanhar diretamente o inquérito. A Comissão de Direitos Humanos da OAB, presida pela advogada Betsey de Miranda, também vai acompanhar bem de perto as investigações. “A idéia é não deixar que esta equipe se esmoreça diante das primeiras dificuldades que a elucidação do caso possa ter e que haja uma efetiva busca na descoberta dos mandantes desse crime” – frisou Faiad.




Fonte: Da Assessoria

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