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Internacional
Sábado - 10 de Abril de 2004 às 15:41

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ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, fez hoje uma visita surpresa de cinco horas ao contingente do país em Nassiriya, no Iraque. Berlusconi, que chegou no começo da manhã procedente da ilha da Sardenha, onde passa a temporada de Páscoa, deixou o Iraque às 8h (de Brasília).

O chefe do governo italiano encorajou os militares do país e lhes disse que levava ''o abraço dos italianos''.

O primeiro-ministro, que viajou acompanhado pelo chefe do Estado maior da Defesa, o almirante Giampaolo di Paola, se reuniu com os chefes do contingente italiano, que lhe explicaram as atividades que realizam na região do sul do país cujo controle lhes foi atribuído pelo comando das tropas de ocupação.

Segundo Berlusconi, os soldados italianos estão no Iraque não apenas ''para propiciar o desenvolvimento econômico e sócio-político'' do país árabe, mas também para demonstrar que ''a Itália é uma nação capaz de levar ao mundo os princípios de direito e civilização''.

O chefe do Executivo ressaltou que graças a esses soldados recebe com freqüência o apoio da comunidade internacional. ''Bush me ligou para me parabenizar'', afirmou. ''Ânimo, a Itália os quer assim'', acrescentou.

A visita relâmpago foi aprovada por todos os partidos da coalizão que sustenta Berlusconi, que disseram que o premier se comportou como um estadista e que a viagem foi um gesto de grande solidariedade. A oposição de esquerda, que pede o retorno das tropas, disse que Berlusconi teria que ter ido antes, mas ''antes tarde do que nunca''.

A visita ocorre vários dias depois de alguns militares italianos ficarem feridos em enfrentamentos com insurgentes iraquianos. Também acontece em meio ao mistério sobre os quatro italianos supostamente seqüestrados em Bagdá, embora o Ministério de Assuntos Exteriores tenha negado nas últimas horas que italianos presentes no Iraque tenham sido dados por desaparecidos.

Não se descarta que os eventuais seqüestrados sejam italianos que fazem parte de serviços de segurança privados de empresas que operem no Iraque.




Fonte: EFE

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