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Repórter News - reporternews.com.br
Educação/Vestibular
Quinta - 08 de Abril de 2004 às 11:13
Por: Carlos Martins

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Em 19 de fevereiro de 2001 a Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) foi palco do lançamento nacional do projeto-piloto do Programa de Informatização do Ensino Médio (Programa Telecomunidade) e que contou, inclusive, com a presença do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Passados três anos, a escola continua no seu rastro de pioneirismo no terreno das idéias e de ações criativas que estão transformando hoje o Ensino Médio em Mato Grosso. Construída em 1976, a escola, que foi a primeira estadual do município, capital do segmento madeireiro, está passando por uma ampla reforma desde meados de janeiro. Mas bem antes da reforma física, no ano passado um projeto intitulado "Valorizando a Vida" começou a mexer com a cabeça de professores e alunos, "reformando", conceitos, atitudes e contribuindo para um nível de relacionamento interpessoal.

"O objetivo principal do projeto Valorizando a Vida foi a mudança de atitude dos alunos em alguns assuntos polêmicos, tais como prevenção a doenças transmissíveis (DST/Aids) e às drogas", explicou a professora Elma Eliana Faria Carandina, que coordenou a área envolvendo a Biologia onde se deu especial atenção a transmissão de doenças por vírus. Entre os professores participantes estavam também Marta Pasqualoto Nunes, hoje coordenadora pedagógica e a professora Deleni Martins Ricardi que trabalhou no projeto coordenado a área de linguagem.

Para a professora Deleni, o "Valorizando a Vida" procurou mostrar o lado bom da vida, sem nenhuma repressão. O projeto começou a ser elaborado durante a semana pedagógica no ano passado. Das várias experiências pedagógicas em andamento na escola, os professores escolheram o "Valorizando a Vida". Os professores passaram por um curso de capacitação com professores da Unemat e o projeto foi sistematizado.

"Os alunos aceitaram a idéia, aprenderam bem os pontos relacionados ao projeto e depois repassaram os conhecimentos em seminários", diz a professora Elma. "Foi uma mudança comportamental. Observamos que no dia-a-dia o relacionamento entre os alunos e os professores se estreitou. Eles nos procuram para esclarecer dúvidas. Ficou um clima mais transparente", complementa a professora Marta.

O "Valorizando a Vida" foi um dos 12 projetos premiados em março deste ano pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) durante evento realizado no Sesc Arsenal, em Cuiabá. O projetos, selecionados entre 30 apresentados pelas escolas estaduais, se destacaram dentro de um conceito atual chamado de "Inovações Pedagógicas", que objetiva expandir os conhecimentos para além da sala de aula, envolvendo professores e alunos.

Para desenvolver o projeto, professores e alunos ocuparam boa parte do tempo fora da escola, da sala de aula em trabalhos de campo. Assistiram, por exemplo, o filme Filadélfia, com Tom Hanks e Denzel Washington, que retrata o drama de um advogado contaminado pelo vírus da Aids. Discutiu-se em sala de aula e seminários a prevenção às doenças mediante a utilização de preservativo. O nível de consciência de cada um dos alunos foi medido numa pesquisa interna para saber como estava se comportando, o que serviu de subsídios para as palestras e seminários.

A aluna Reneida Pereira Monteiro, 16 anos, hoje no 3° ano do Ensino Médio, que participou do projeto, está sugerindo que o seminário final do projeto a ser apresentado nas próximas semanas seja também levado para outras escolas do município. "O trabalho melhorou o relacionamento interno, além de ter contribuído para resolver dúvidas que tínhamos em relação à sexualidade", disse a aluna. Durante o projeto, os alunos colocavam sugestões dos temas que mais geravam dúvidas. Na seqüência, profissionais esclareciam as questões em seminários.

REFORMA - A Secretaria de Estado de Educação está investindo R$ 631 mil na reforma da Escola Nilza de Oliveira Pipino, que conta hoje com 1.680 alunos nos turnos matutino, vespertino e matutino. As obras foram iniciadas no dia 20 de janeiro passado, e já foi trocado todo o telhado bem como as instalações hidráulicas e elétricas. Falta ainda terminar a reforma das salas, que estão sendo rebocadas e também trocar todo o piso. "Depois de pintada, a escola ficará como nova, pronta para mais 30 anos", diz a diretora Cacilda Zemuner. São 18 salas de aula e mais 12 que são ocupadas pela administração, professores, informática, biblioteca e sala de estudo.




Fonte: Secom-MT

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