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Cultura
Quarta - 07 de Abril de 2004 às 10:17
Por: Rosi Medeiros

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Para garantir a segurança e o melhor ambiente para os visitantes, o projeto inicial de restauração do Palácio da Instrução foi alterado ao longo da execução da obra. Por isso, a reinauguração prevista para o dia 8 de abril teve que ser prorrogada.

Salas de leitura, biblioteca, principais setores de atendimento ao público climatizados; acesso todo restaurado, com adaptação para portadores de deficiência física; sistema elétrico todo remodelado; substituição de todo madeiramento do telhado, já estão prontos.

Segundo o diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Décio Tocantis,o prédio está sendo recuperado por iniciativa do Governo do Estado com o apoio da Associação, que está investindo R$ 1,5 milhão na obra. “O trabalho de restauro está sendo meticuloso porquê buscamos preservar as características originais do prédio destacou Tocantins. Estamos fazendo 75% a mais do que prevíamos no início. Nós remodelamos o projeto, aumentamos o prazo de entrega, mas para dar ao cidadão um espaço melhor” informou ele.

O Palácio da Instrução, localizado no centro da Capital, é uma das construções mais antigas de Cuiabá, fundada em 1913. No local durante 57 anos, funcionaram as escolas Normal, Pedro Celestino, e Liceu Cuiabano. Foi tombado em 1983, por meio de uma portaria da Fundação Cultural de Mato Grosso, e passou a fazer parte do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. A construção é estilo neoclássico, edificado em alvenaria e pedra canga. Durante a execução dos trabalhos, os engenheiros descobriram que todo telhado estava comprometido pela ação de cupins. O madeiramento foi substituído, embaixo foi colocado material para melhoria térmica do ambiente. O piso foi trocado por madeira itaúba e impermeabilizado. As paredes do prédio apresentavam infiltrações. O reboco foi refeito e foram revestidas com cerâmica, numa altura de 1,5 metros, para garantir a conservação.

Segundo ainda Décio Tocantins o prédio foi pintado de amarelo-ouro, cor escolhida pela população por meio de uma consulta realizada pelo Governo do Estado. A pesquisa foi feita, porque durante a recuperação do patrimônio não foi possível identificar a cor original do prédio.

Segurança e conforto - De acordo com o diretor executivo da AMPA, o Palácio da Instrução não tinha sistema de prevenção a incêndios, por ser uma construção antiga. Com a restauração o sistema de segurança foi instalado: luminárias de emergência, hidrantes internos e externos, detectores de fumaça, alarme de incêndio.”O projeto de prevenção a incêndio foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Tudo tem sido feito dentro das normativas estabelecidas pelo órgão, informou o diretor. A parte elétrica também foi refeita. Do jeito que estava, o risco de um incêndio era muito grande” comentou.

Uma das adaptações, feitas ao projeto inicial de recuperação, foi a ampliação do número de salas climatizadas. “A princípio era só o setor da administração. Nós conseguimos aditivo (recurso) para que fosse instalado também nas principais salas de atendimento ao público, como biblioteca, sala de leitura” explicou o diretor da AMPA. Ele ressaltou que a preocupação foi a de proporcionar um melhor atendimento ao público.

Com a restauração, o Palácio terá um auditório, com capacidade para 45 pessoas. O local conta com sistema de som completo, revestimento acústico, iluminação cênica e poltronas anatômicas.

No acesso ao prédio foram construídas rampas para facilitar a locomoção dos portadores de deficiência física e instalado um elevador específico para eles. Banheiros também foram adaptados.

A previsão da AMPA é de que a obra seja concluída em 30 dias. Para o funcionamento do prédio, será necessária a aquisição de mobília e a capacitação dos servidores que autuarão no local. Estas providências estão sendo tomadas pela secretaria Estadual de Cultural. A data para reinauguração do Palácio da Instrução ainda será definida.

Responsabilidade Social - No momento de maior intensidade do trabalho, a recuperação envolveu 85 funcionários. A previsão do diretor da AMPA é de que até a conclusão da obra, seja gasto R$ 1,5 milhões, R$ 500 mil a mais do que o orçamento inicial. “Nós produtores de algodão encontramos neste Estado uma terra boa e uma população receptiva que deram condições ao nosso sucesso empresarial. Resgatar esse patrimônio, é resgatar um símbolo da cultura e da história do povo cuiabano e mato-grossense. É uma forma de reconhecermos tudo o que essa terra e sua gente nos proporcionou” afirmou o diretor.




Fonte: Secom-MT

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