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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 06 de Abril de 2004 às 10:01
Por: Neusa Baptista

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Reorganização é a palavra de ordem na Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec). De volta do Fórum Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia, ocorrido no Rio de Janeiro na última sexta-feira (02.03), a secretária da pasta, Flávia Nogueira, discute com sua equipe as adequações necessárias de acordo com os novos dados pelo ministro Eduardo Campos.

Flávia explica que a nova política do MCT privilegia três linhas de ação. A primeira, considerada de alta prioridade, é a política industrial e tecnológica que vise a aproximação entre as empresas e as universidades. A secretária explica, porém, que a principal dificuldade para a efetivação da parceria é a falta de instrumentos jurídicos que dêem sustentação ao repasse de verbas das Fundações de Apoio (FAPs) às empresas. Há uma minuta de lei, a Lei da Inovação, que modifica bastante as relações entre ambas, mas está parada no Congresso. "Em relação à parceria entre universidade e empresa, nós ainda precisamos nos organizar, mal temos empresas se comparados à uma área como a Zona Franca de Manaus, por exemplo".

A segunda linha definida pelo MCT envolve as Ações Estratégicas para o País: A definição de políticas mais claras para o Programa Espacial Brasileiro e para o Programa Nuclear, no qual uma das preocupações é que a energia seja usada de forma positiva. A Amazônia e o Semi-árido também são preocupações do ministério, que as considera regiões estratégicas. "O Pantanal, como muitos outros temas, ficou fora dessa ação", observa Flávia. "Isso indica que no caso de Centro de Pesquisas do Pantanal, nós teremos que começar do zero novamente, apresentando a situação junto ao ministério". O estímulo à cooperação internacional em pesquisa é outra ação estratégica. "O ministério acredita que a pesquisa brasileira pode dar um salto se associada a pesquisadores internacionais".

Entre as ações apenas às relativas à Amazônia e à cooperação internacional em pesquisa são interessantes para Mato Grosso, segundo Flávia.

A terceira linha de ação do ministério é a Inclusão Social, para a qual foi criada uma secretaria específica, comandada por Rodrigo Rolemberg. A pasta acumula a maioria dos programas adotados pela Secitec, tais como o Programa de Popularização da Ciência, os Arranjos Produtivos Locais e o Programa de Tecnologias Apropriadas. "Nossa estratégia para a elaboração do PPA foi coincidir nossos programas com os do Governo Federal", explica a secretária, acrescentando que há um interesse grande do secretário em trabalhar em conjunto com os Estados.

Os programas serão avaliados pela nova secretaria, que definirá quais deles continuarão a ser desenvolvidos ou que mudanças precisam ser feitas. "Mas Mato Grosso não pode esperar", diz a secretária. Ela ressalta que a Secitec irá dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos em relação aos APLs e ao MT Regional. O Programa de Popularização da Ciência, no entanto, terá que preparar um projeto de adequação à nova metodologia do MCT. "As superintendências vão acompanhar a avaliação dos programas; o trabalho no Estado continua".

CVT - Outra metodologia adotada pelo MCT é a dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), que tiveram seu início no Nordeste. Os CVTs congregam a educação profissional de nível básico, palestras sobre temas variados e outras atividades de curta duração. Segundo Flávia, os centros são interessantes, pois o Estado já conta com uma rede de educação profissional onde poderiam ser desenvolvidas outras atividades além dos cursos, atendendo à comunidade. "Vamos propor ao Ceprotec [Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica] a elaboração de uma proposta para que o MCT nos repasse verbas", explica. "Com isso poderíamos equipar nossas escolas, melhorar laboratórios e oferecer mais atividades".




Fonte: Secom-MT

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