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Politica Brasil
Segunda - 05 de Abril de 2004 às 11:10
Por: Deisy Boroviec

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O Secretário Chefe da Casa Civil Joaquim Sucena, defende a harmonia entre poderes, e estabeleceu como uma das suas ações prioritárias, a de promover o que ele chama de ‘oxigenação’ entre o Legislativo e Judiciário.

Sucena conhece bem o cargo que assumiu há quase dois meses. Durante o Governo de Jaime Campos, em 1991, ele foi secretário-chefe da Casa Civil por oito meses.

Este paulista, de São José do Rio Preto, estreou na vida pública em 1974, quando foi convidado a assumir o cargo de secretário Municipal de Saúde de Cuiabá. De lá pra cá, foi deputado estadual e federal e tem noção das dificuldades e os caminhos que levam ao crescimento do Estado.

O chefe da Casa Civil do Governo de Blairo Maggi falou nesta entrevista sobre as mudanças no staff do Governo de MT, em função das eleições deste ano, falou também sobre estradas, da polêmica do suposto rombo de R$ 2,5 milhões do extinto Ipemat e sobre o inevitável envolvimento da família com a política.

Maria Adélia Sucena, sua esposa,deixou os bastidores da política e é a atual presidente do PFL da Capital.

Secom-MT- O que mudou com Joaquim Sucena à frente da Casa Civil?

Sucena- A política foi mantida, tendo em vista que é a determinada pelo governador. Mas certamente houve uma dinamização das ações da Casa Civil, junto aos outros poderes: Assembléia Legislativa e Tribunal de Justiça. Meu estilo é diferente de Carlos Brito e por meio de uma interlocução com os deputados a relação entre parlamentares e o Executivo está cada vez mais próxima.

Secom-MT- O senhor pretende dar continuidade ao trabalho iniciado por Carlos Brito, onde ele acabou priorizando a regularização fundiária, principalmente em Cuiabá, no Bairro Renascer?

Sucena- A regularização fundiária já é um trabalho do Estado. A Casa Civil deve agir como um todo, ouvindo todos os problemas, não só de Cuiabá, como de todos os Municípios. Somos os intermediadores entre os poderes e principalmente entre o Governo do Estado e a comunidade. A intenção é continuar sendo este ‘filtro’ de informações entre a população e o poder Executivo. Este ano, que é eleitoral, devemos observar as necessidades políticas e direcionar as ações aos Municípios.

Secom-MT- Com as eleições deste ano houve baixas em alguns cargos do Governo do Estado, assim como o próprio ex-chefe da Casa Civil, que deixou o cargo na época, para concorrer à prefeitura de Cuiabá. Como vão acontecer estas mudanças no Staff do Governo do Estado?

Sucena- O Governo de Mato Grosso estará aberto a sugestões dos próprios secretários. Mas é claro que deve estar dentro do perfil ideal para ter condições de assumir o cargo. A palavra final é do governador Blairo Maggi.

Secom-MT- O senhor acredita que as mudanças feitas no sistema de previdência e saúde podem evitar desvios, como o que aconteceu no extinto Ipemat?

Sucena- O fundo de previdência hoje é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Administração. E o setor que cuida da Saúde do servidor foi totalmente reestruturado, onde funcionará como um plano de saúde parte paga pelo Estado e o que for acima do valor pago pelo poder público ficará a cargo do servidor. E se houve desvios, como este escândalo em questão, eles serão apurados. O que pode ocorrer, é que todos os profissionais credenciados fiquem sob suspeita e não recebam seus honorários, até que seja resolvido o problema.

Secom-MT- O Governo de MT ‘colhe louros’ quando o assunto é Consórcio de Estradas, na parceria com produtores rurais para recuperar as rodovias estaduais. Mas quanto às rodovias federais, o assunto é problema, mesmo não sendo de responsabilidade do Estado?

Sucena- As rodovias federais Br-163, Br-158 e a Br-364 são como a ‘espinha dorsal’ da nossa malha viária. Elas são o nosso principal ponto de escoamento da produção e devem ser refeitas, não adianta mais paliativo. Principalmente depois da situação climática enfrentada no início do ano, onde os produtores acabaram perdendo suas cargas por falta de condições de trafegabilidade. O governo de Mato Grosso tem interesse em batalhar a melhoria destas estradas já que o custo do transporte pode inviabilizar nossos produtos.

Secom-MT- Mudando de assunto: atualmente é comum a mulher sair dos bastidores da política para estar lado a lado do marido. A sua esposa, por exemplo, ocupa a presidência do PFL cuiabano, como acontece esse envolvimento da família na política?

Sucena- Não há como não envolver a família quando se assume cargo público. Minha esposa sempre esteve comigo, assim como os três filhos: Fábio, Frederico e Marcos. E o espaço que ela conquistou e que outras mulheres também conquistaram é o resultado de uma luta posso dizer, tímida delas. O desgaste que os homens vivem na política, sempre foram sentidos pela mulher em casa e é bom que hoje possamos caminhar lado a lado. O que complica é se o marido é deputado estadual, por exemplo, e ela deputada federal. (risos) A distância geográfica pode dificultar a relação.




Fonte: Redação/Secom - MT

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