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Polícia Brasil
Domingo - 04 de Abril de 2004 às 19:41

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Exames de perícia comprovaram que as digitais encontradas na casa dos Staheli não combinam com as do caseiro Jossiel Conceição do Santos. Ele chegou a confessar o duplo assassinato, mas depois voltou atrás e declarou-se cúmplice. Ele indicou os nomes dos dois matadores, moradores da Praça Seca no Rio, que já estão sendo procurados pela polícia. O motivo do crime não foi explicado.

Jossiel Conceição dos Santos, 20 anos, que havia confessado o assassinato do casal Staheli, ocorrido em novembro do ano passado, mudou sua versão da história na sexta-feira durante o depoimento na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Ele afirmou ter recebido uma oferta de R$ 40 mil para facilitar a entrada de dois homens na casa. Jossiel também disse que foi ele quem forneceu a arma do crime, um pé-de-cabra, aos assassinos. Quando foi cobrar o dinheiro, os homens o ameaçaram e, por isso, ele assumiu a autoria do crime sozinho.

Jossiel não sabe motivação do crime Segundo Jossiel, o crime foi planejado com uma semana de antecedência. Conforme a GloboNews, ele disse que ficou aguardando os dois homens na madrugada do crime. Os assassinos chegaram de barco pela lagoa que margeia o condomínio e entraram sozinhos na casa dos Staheli. Jossiel ficou do lado de fora e disse que só entrou na casa depois, para ver o que tinha acontecido. Ele afirma que não sabe porque o casal foi assassinado.

Sexta-feira à tarde, Jossiel deixou a 16ª DP (Barra), onde estava preso desde a madrugada de quinta-feira. Ele fora detido às 4h, quando tentava pular o muro da casa do cônsul da Grécia, no condomínio Porto dos Cabritos, onde morava o casal assassinado. Ele é caseiro da residência de um outro morador do condomínio e já teria trabalhado para a família Staheli.

Os juízes consideraram que não havia motivo para mantê-lo preso, uma vez que não foi pego em flagrante, é réu primário, tem residência fixa e não havia mandado de prisão contra ele. Além disso, a confissão do crime teria sido feita apenas na presença de policiais, sem um defensor.

Proteção

Jossiel foi incluído no Programa Nacional de Testemunhas e terá proteção policial. O depoimento na Secretaria de Direitos Humanos, na sexta-feira à noite, foi ouvido pelo secretário de Segurança do Estado, Anthony Garotinho, pelo chefe da Polícia Cvil, Álvaro Lins, e pelo corregedor geral unificado José Vercilo.





Fonte: Redação/Terra

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