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Nacional
Domingo - 04 de Abril de 2004 às 06:40

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A polícia de São Paulo segue à procura de Gil Rugai, 20, suspeito de envolvimento no assassinato do pai, o empresário Luiz Rugai, 40, e da mulher dele, Alessandra, 33. O crime ocorreu na noite do último domingo na casa das vítimas, em Perdizes (zona oeste).

Gil está sendo procurado desde sexta-feira (2), quando teve a prisão temporária decretada por 15 dias. O rapaz deveria prestar depoimento à Polícia Civil, mas não apareceu.

O casal foi assassinado a tiros, há uma semana, em casa, na rua Atibaia. Para a polícia, são vários os indícios que colocam Gil como suspeito de envolvimento nas mortes.

O juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, do Tribunal do Júri de Pinheiros, decretou na última terça-feira (30) sigilo nas investigações.

Gil tem um irmão, Leonardo, 19. Ambos são filhos do primeiro casamento do empresário.

Suspeitas

Além da preocupação das vítimas em trocar as fechaduras da casa, onde Gil morou até dias antes das mortes, nada foi roubado pelos criminosos. Nenhuma porta externa da casa foi arrombada. Na casa das vítimas, de alto padrão, funcionavam uma produtora e um estúdio de gravação de comerciais, de propriedade do casal.

Durante as buscas na casa, a polícia encontrou uma nota fiscal de compra de um coldre para pistola 380 --mesmo calibre usado para matar o casal--, munição e um certificado de conclusão de curso de tiro em nome de Gil.

O rapaz, que trabalhava com o pai, foi afastado após Rugai descobrir desfalque de mais de cerca de R$ 100 mil em sua empresa --a Referência Filmes. Gil trabalhava no departamento financeiro da empresa.

Após discussão, Gil decidiu morar com a mãe. O rapaz registrara em dezembro sua própria agência de publicidade.

A Folha Online apurou que, na semana passada, Rugai conversou com o gerente de um banco onde tinha conta. Teria orientado o gerente a "desconfiar" de toda e qualquer grande movimentação financeira em sua conta.

Logo após o crime, policiais encontraram, segundo o DHPP, cerca de 300 gramas de maconha no quarto que, até recentemente, pertenceu ao filho mais velho de Rugai. Ainda não há relação entre a localização da droga e o crime.

A reportagem não conseguiu localizar, neste fim de semana, o advogado Paulo José da Costa Júnior, que representa Gil, para comentar o caso.

Perícia

Peritos retiraram para análise, na última quarta-feira, a porta de entrada da sala de vídeo que foi arrombada no dia do crime. Também foram levados pelos peritos uma sacola com fitas de vídeo e produtos de higiene pessoal.

Entre outras análises, o objetivo da polícia é identificar de quem eram as pegadas encontradas entre os corpos das vítimas.

Alessandra teria reagido à abordagem do criminoso. Peritos teriam encontrado sob sua unha fragmentos de pele supostamente do assassino.

Segurança

A preocupação com a segurança começou na semana passada, quando o casal decidiu trocar todas as fechaduras da casa. No mesmo dia teriam comprado um kit completo de segurança, com câmeras de vídeo.

O kit foi entregue na quinta-feira da semana passada, mas não foi instalado. Embora um dos filhos do primeiro casamento de Rugai tenha declarado à polícia que a troca de fechaduras era um "procedimento de rotina", pessoas próximas ao casal afirmam que desta vez a urgência em efetuar a troca era evidente.




Fonte: Folha Online

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