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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 02 de Abril de 2004 às 10:55

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Brasília - Caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida adiar ou cancelar a licitação para a compra dos novos caças, como cogita o governo federal, a Força Aérea já tem pronto um estudo com alternativas que poderiam ser usadas para que o País continue dispondo de aeronaves capazes de defender o espaço aéreo. Uma das propostas - a mais viável economicamente, segundo o Estado Maior da Aeronáutica - é a revisão dos motores dos 16 Mirage que o Brasil possui.

Essa repontencialização dos motores não é considerada ideal, mas possível. Dependendo do tempo necessário à espera de novos aviões, a FAB pode revisar apenas parte do motor.

A revisão total pode prolongar a vida do caça em até oito anos. Neste caso, o custo seria de US$ 800 mil a US$ 900 mil, cada. A revisão completa permitirá que o avião voe mais 1.200 horas. Técnicos avaliam que a "reforma" não precisa ser completa. Neste caso, seria mais barata. Esta e outras opções foram apresentadas pelas empresas inscritas na licitação, a pedido da própria Aeronáutica. Isso porque a FAB precisava garantir o patrulhamento do espaço aéreo enquanto não fossem entregues as novas aeronaves.

A decisão sobre o futuro da licitação dos FX só deverá ser tomada na semana que vem, após reunião entre o presidente e o ministro da Defesa, José Viegas. A divulgação, na terça-feira, de que o caça sueco Gripen venceu a primeira fase da concorrência, realizada ainda no governo Fernando Henrique, e que haveria preocupação com o que teria sido chamado de "risco agregado" no projeto da Embraer-Daussault provocou enérgica reação da empresa francesa. O governo brasileiro sustenta a segunda etapa da licitação começou do zero e as empresas refizeram suas propostas.

O vice-presidente da Dassault, Bruno Cotté, declarou-se "chocado" com a notícia e alegou que a Embraer não está sozinha no processo. Isso porque a empresa francesa dará todo o suporte necessário a ela. Segundo a Dassault, a compra dos 12 primeiros aviões implicaria na transferência de 80% da tecnologia. Os 20% restantes seriam repassados quando ocorressem novas encomendas.




Fonte: Estadão.com

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